Estudantes chineses na Universidade do Papa
Enquanto isso, em Roma, a paz já se fez
de Gianni Valente
A divisão de que sofre a Igreja Católica chinesa em muitas situações
locais ainda chega ao ponto de prejudicar a comunhão sacramental
entre as comunidades reconhecidas pelo governo e as chamadas
“clandestinas”. Mas, no coração de Roma, a poucos
passos do Palácio Apostólico, todos os dias, às seis e
meia da manhã, sacerdotes provenientes das duas realidades eclesiais
chinesas celebram juntos a Eucaristia, e todas as noites se encontram de
novo para a adoração eucarística e a
oração do rosário e das vésperas. O lugar onde
acontece essa reconciliação cotidiana – vivamente
recomendada pelos “superiores” – é a capela do
Pontifício Colégio Urbano, onde a Congregação
de Propaganda Fide hospeda sacerdotes e seminaristas dos continentes
extra-europeus que vão estudar nas Pontifícias Universidades
da Cidade Eterna.
Já faz vinte e cinco anos que os estudantes chineses – seminaristas, religiosas, sacerdotes – obtêm de várias maneiras permissão para sair da China e ir aperfeiçoar seu currículo de estudos eclesiásticos em instituições acadêmicas ocidentais. E Roma, com o tempo, se tornou a meta mais ambicionada desse fluxo sui generis. Segundo estatísticas fornecidas pelo missionário-estudioso Jean Charbonnier, entre 1994 e 2006 pelo menos 149 dos 387 estudantes chineses de matérias eclesiásticas na Europa fizeram seus cursos na Itália. Desses, mais de 30 já voltaram para desenvolver estavelmente atividades acadêmicas ou pastorais na China. Em 2006, só se pôde satisfazer parcialmente o “pico” de 57 novos pedidos de estudantes chineses interessados em ir para a Itália estudar Teologia, Pastoral e Direito Canônico.
Em 2003, o cardeal Crescenzio Sepe – naquela época prefeito de Propaganda Fide – resolveu criar ad hoc o Centro Cultural Asiático João Paulo II, concebido como organismo de apoio e orientação unitário para os estudantes chineses em seus períodos de estudo em Roma. Naqueles anos, Propaganda Fide havia fixado algumas regras gerais para clérigos e religiosas provenientes do ex-Império Celeste: de seis meses a um ano para o estudo do italiano, com um curso de férias intensivo de três meses organizado na diocese de Terni. E, em seguida, três anos de cursos para obter a licença em Teologia.
A partir deste ano, o cardeal Ivan Dias, novo prefeito do organismo vaticano responsável pela missão, inspirou novas diretrizes para o esquadrão de chineses (cerca de uma centena, entre religiosas, sacerdotes e seminaristas) que freqüentam as Pontifícias Universidades romanas. Padres e seminaristas deverão “se espalhar” pelos vários colégios de Propaganda Fide, para favorecer, entre outras coisas, a prática do italiano como língua franca no contato com os estudantes de outras partes do mundo; e, no futuro, seguirão critérios de seleção rigorosos, que garantam que os “candidatos” chineses que pedem para ir estudar nas universidades do Papa tenham padrões de preparação adequados. O Centro Cultural Asiático será desmantelado. No plano acadêmico, os estudantes chineses – clérigos, religiosos e leigos – presentes em Roma também poderão usufruir dos serviços do Centro Freinademetz, inaugurado pela Congregação dos Verbitas no colégio romano do Verbo Divino em 29 de janeiro passado.
Já faz vinte e cinco anos que os estudantes chineses – seminaristas, religiosas, sacerdotes – obtêm de várias maneiras permissão para sair da China e ir aperfeiçoar seu currículo de estudos eclesiásticos em instituições acadêmicas ocidentais. E Roma, com o tempo, se tornou a meta mais ambicionada desse fluxo sui generis. Segundo estatísticas fornecidas pelo missionário-estudioso Jean Charbonnier, entre 1994 e 2006 pelo menos 149 dos 387 estudantes chineses de matérias eclesiásticas na Europa fizeram seus cursos na Itália. Desses, mais de 30 já voltaram para desenvolver estavelmente atividades acadêmicas ou pastorais na China. Em 2006, só se pôde satisfazer parcialmente o “pico” de 57 novos pedidos de estudantes chineses interessados em ir para a Itália estudar Teologia, Pastoral e Direito Canônico.
Em 2003, o cardeal Crescenzio Sepe – naquela época prefeito de Propaganda Fide – resolveu criar ad hoc o Centro Cultural Asiático João Paulo II, concebido como organismo de apoio e orientação unitário para os estudantes chineses em seus períodos de estudo em Roma. Naqueles anos, Propaganda Fide havia fixado algumas regras gerais para clérigos e religiosas provenientes do ex-Império Celeste: de seis meses a um ano para o estudo do italiano, com um curso de férias intensivo de três meses organizado na diocese de Terni. E, em seguida, três anos de cursos para obter a licença em Teologia.
A partir deste ano, o cardeal Ivan Dias, novo prefeito do organismo vaticano responsável pela missão, inspirou novas diretrizes para o esquadrão de chineses (cerca de uma centena, entre religiosas, sacerdotes e seminaristas) que freqüentam as Pontifícias Universidades romanas. Padres e seminaristas deverão “se espalhar” pelos vários colégios de Propaganda Fide, para favorecer, entre outras coisas, a prática do italiano como língua franca no contato com os estudantes de outras partes do mundo; e, no futuro, seguirão critérios de seleção rigorosos, que garantam que os “candidatos” chineses que pedem para ir estudar nas universidades do Papa tenham padrões de preparação adequados. O Centro Cultural Asiático será desmantelado. No plano acadêmico, os estudantes chineses – clérigos, religiosos e leigos – presentes em Roma também poderão usufruir dos serviços do Centro Freinademetz, inaugurado pela Congregação dos Verbitas no colégio romano do Verbo Divino em 29 de janeiro passado.