Uma história iniciada em 1954
A Conferência episcopal italiana e os seus presidentes
de Gianni Cardinale
Na Itália, desde o primeiro Estatuto, de 1959, o presidente da
Conferência Episcopal é nomeado pelo Pontífice. Isso porque o Papa é bispo
de Roma e primaz da Itália. Hoje, normalmente, o cargo de presidente
das conferências episcopais é eletivo. Mas, além da
Itália, há outras duas exceções a essa regra: a
Bélgica, onde o cargo cabe ao arcebispo de Mechelen-Brussel pro tempore, e a Conferência
dos Bispos Latinos nos Países Árabes, presidida ex officio pelo patriarca
latino de Jerusalém. A Itália é ainda o único
país em que o secretário-geral da Conferência Episcopal
não é eleito, mas nomeado pelo Papa.
Como lembra monsenhor Luigi Bianco – atualmente conselheiro da nunciatura na Espanha – em sua detalhada e preciosa tese para o doutorado em Direito Canônico La Conferenza episcopale italiana. Profilo storico e giuridico (Roma, Pontifícia Universidade Gregoriana, 2005), a primeiríssima idéia de uma Conferência Episcopal Italiana se dá em 1946, mas as primeiras reuniões acontecem em 1952 e 1953. O primeiro Estatuto é de 1954, ao passo que a primeira assembléia se realizou em Pompéia em janeiro de 1955.
Mas, na época, se entendia por CEI apenas a reunião dos presidentes das conferências episcopais regionais. A primeira reunião geral de todos os bispos italianos ocorreu durante o Concílio Vaticano II, em 14 de outubro de 1962, na “Domus Mariae”, em Roma. É na primavera de 1964 – quando todos os bispos italianos se reúnem pela primeira vez, em Roma, convocados de maneira oficial – que nasce a CEI como hoje é conhecida. E os Estatutos, renovados em 1965, confirmam que a CEI compreende todos os bispos da Itália.
De 1954 a 1959, a CEI é guiada pelo cardeal Maurilio Fossati, arcebispo de Turim, na qualidade de purpurado de nomeação mais antiga. Em 1959, ele é substituído pelo cardeal Giuseppe Siri, arcebispo de Gênova, nomeado por João XXIII, e confirmado para um novo período no cargo em 1962. Em 1964, Paulo VI aceita seu pedido de demissão e nomeia pró-presidente o cardeal Luigi Traglia, provigário de Roma.
Em 1965, o papa Montini estabelece que a direção da CEI seja assumida temporariamente pela presidência colegial provisória dos cardeais Giovanni Colombo, de Milão, Ermenegildo Florit, de Florença, e Giovanni Urbani, de Veneza. Em 1966, a presidência é entregue individualmente a Urbani, que, em fevereiro de 1969, é confirmado para um segundo triênio. Mas, em setembro do mesmo ano, o patriarca de Veneza falece prematuramente. No início de outubro, depois de uma brevíssima regência provisória do arcebispo de Bári, Enrico Nicodemo (que era vice-presidente), Paulo VI nomeia novo presidente o cardeal Antonio Poma, de Bolonha, o qual é confirmado para novos triênios tanto em 1972 quanto em 1975. Em 1978, Poma é confirmado por João Paulo I e por João Paulo II, o qual, em 1979, nomeia novo presidente o cardeal Anastasio Ballestrero, de Turim.
Confirmado Ballestrero para um segundo triênio em 1982, em 1985 João Paulo II nomeia presidente para um qüinqüênio – segundo os novos Estatutos promulgados no mesmo ano – o cardeal vigário Ugo Poletti, que mantém o cargo até a demissão, aceita em janeiro de 1991. Depois de um breve período de regência assumida pelo vice-presidente mais idoso, o cardeal Salvatore Pappalardo, em 7 de março de 1991 é nomeado o então bispo Camilo Ruini, o qual, tornando-se cardeal, é renovado no cargo por João Paulo II por mais dois qüinqüênios, em 1996 e em 2001, e confirmado donec aliter provideatur (“até providência em contrário”) em fevereiro de 2006 por Bento XVI. Em 7 de março passado, o papa Ratzinger nomeou presidente da CEI para o próximo qüinqüênio o arcebispo de Gênova, Angelo Bagnasco, que presumivelmente se tornará cardeal no primeiro consistório ad hoc.
Como lembra monsenhor Luigi Bianco – atualmente conselheiro da nunciatura na Espanha – em sua detalhada e preciosa tese para o doutorado em Direito Canônico La Conferenza episcopale italiana. Profilo storico e giuridico (Roma, Pontifícia Universidade Gregoriana, 2005), a primeiríssima idéia de uma Conferência Episcopal Italiana se dá em 1946, mas as primeiras reuniões acontecem em 1952 e 1953. O primeiro Estatuto é de 1954, ao passo que a primeira assembléia se realizou em Pompéia em janeiro de 1955.
Mas, na época, se entendia por CEI apenas a reunião dos presidentes das conferências episcopais regionais. A primeira reunião geral de todos os bispos italianos ocorreu durante o Concílio Vaticano II, em 14 de outubro de 1962, na “Domus Mariae”, em Roma. É na primavera de 1964 – quando todos os bispos italianos se reúnem pela primeira vez, em Roma, convocados de maneira oficial – que nasce a CEI como hoje é conhecida. E os Estatutos, renovados em 1965, confirmam que a CEI compreende todos os bispos da Itália.
De 1954 a 1959, a CEI é guiada pelo cardeal Maurilio Fossati, arcebispo de Turim, na qualidade de purpurado de nomeação mais antiga. Em 1959, ele é substituído pelo cardeal Giuseppe Siri, arcebispo de Gênova, nomeado por João XXIII, e confirmado para um novo período no cargo em 1962. Em 1964, Paulo VI aceita seu pedido de demissão e nomeia pró-presidente o cardeal Luigi Traglia, provigário de Roma.
Em 1965, o papa Montini estabelece que a direção da CEI seja assumida temporariamente pela presidência colegial provisória dos cardeais Giovanni Colombo, de Milão, Ermenegildo Florit, de Florença, e Giovanni Urbani, de Veneza. Em 1966, a presidência é entregue individualmente a Urbani, que, em fevereiro de 1969, é confirmado para um segundo triênio. Mas, em setembro do mesmo ano, o patriarca de Veneza falece prematuramente. No início de outubro, depois de uma brevíssima regência provisória do arcebispo de Bári, Enrico Nicodemo (que era vice-presidente), Paulo VI nomeia novo presidente o cardeal Antonio Poma, de Bolonha, o qual é confirmado para novos triênios tanto em 1972 quanto em 1975. Em 1978, Poma é confirmado por João Paulo I e por João Paulo II, o qual, em 1979, nomeia novo presidente o cardeal Anastasio Ballestrero, de Turim.
Confirmado Ballestrero para um segundo triênio em 1982, em 1985 João Paulo II nomeia presidente para um qüinqüênio – segundo os novos Estatutos promulgados no mesmo ano – o cardeal vigário Ugo Poletti, que mantém o cargo até a demissão, aceita em janeiro de 1991. Depois de um breve período de regência assumida pelo vice-presidente mais idoso, o cardeal Salvatore Pappalardo, em 7 de março de 1991 é nomeado o então bispo Camilo Ruini, o qual, tornando-se cardeal, é renovado no cargo por João Paulo II por mais dois qüinqüênios, em 1996 e em 2001, e confirmado donec aliter provideatur (“até providência em contrário”) em fevereiro de 2006 por Bento XVI. Em 7 de março passado, o papa Ratzinger nomeou presidente da CEI para o próximo qüinqüênio o arcebispo de Gênova, Angelo Bagnasco, que presumivelmente se tornará cardeal no primeiro consistório ad hoc.