Rubriche
Extraído do número02 - 2004

Curtas de 30Dias




Papa
As audiências a Aznar, Cheney, Uribe, Kharrazi e Ahmad Qurei vistas pelo L’Osservatore Romano
No dia 23 de janeiro o Papa concedeu audiência ao primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar. Quatro dias depois o Pontífice recebeu Richard B. Cheney, vice-presidente dos Estados Unidos.
As visitas de Aznar e Cheney foram curiosamente apresentadas pelo L’Osservatore Romano. Em ambos os casos não foi apresentada nenhuma fotografia do encontro, nem mesmo publicada a versão integral da breve saudação pontifícia. A audiência do primeiro-ministro espanhol foi sintetizada em 17 linhas publicadas na página cinco da edição de 24 de janeiro. A audiência ao vice-presidente americano foi sintetizada em uma nota de 13 linhas na página cinco da edição de 28 de janeiro. Em nenhum dos casos a notícia teve espaço, a não ser na seção oficial “Nossas informações”.No dia 12 de fevereiro o Papa recebeu em audiência o presidente colombiano, Álvaro Uribe Vélez, o Ministro do Exterior do Irã, Kamal Kharrazi, e o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Ahmad Qurei. Nesse caso, o L’Osservatore Romano (13 de fevereiro) dedicou uma página inteira às três audiências, publicando as fotos e a versão integral – com tradução italiana – dos três discursos de saudação pronunciados pelo Papa. Nesse caso todas as audiências foram assinaladas em primeira página.

A Paixão de Cristo/1
“É exatamente como aconteceu na realidade”. Ou não?
“É exatamente como aconteceu na realidade”. Esta frase do Papa, referindo-se ao filme A Paixão de Cristo, do diretor Mel Gibson, foi o centro de um pequeno mistério internacional. Sandro Magister, na revista italiana Espresso de 12 de fevereiro, reconstrói os intrincados acontecimentos. Tudo começou no dia 8 de dezembro, quando o secretário do Papa, Stanislaw Dziwisz, recebeu Steve McEveety, o produtor americano do filme e sua esposa; Jan Michelini, diretor-assistente de Gibson; e o pai de Jan, Alberto Michelini, deputado italiano do partido Forza Italia. O objetivo do encontro era agradecer-lhes por terem proporcionado a pré-estréia do filme ao Pontífice. O concorde comentário do Papa chegou depois dos favoráveis comentários de outros prelados, entre os quais o cardeal Darío Castrillón Hoyos e o braço direito do cardeal Joseph Ratzinger, monsenhor Augustine di Noia, além de respeitáveis movimentos eclesiais, como o Opus Dei e os Legionários de Cristo. E, em pouco tempo, a notícia deu a volta ao mundo. Até que, em 19 de janeiro, Dziwisz desmentiu tudo. E o artigo de Magister no Espresso assim se conclui: “Agora todos se agitaram, pois Jan Michelini reconfirma a sua versão, McEveety passou uma mensagem e-mail de Navarro na qual este lhe comunica para não se preocupar e ir adiante usando a fatal frase do Papa “mais e mais ainda”. Rod Dreher, do Dallas Morning News, pede ulteriores confirmações a Navarro recebendo deste resposta negativa, as suas mensagens a McEveety e a outros são absolutamente falsas. Ainda que todas resultem provenientes do mesmo endereço web vaticano, o mesmo de onde saiu a sua desmentida. Em 22 de janeiro, o diretor da Sala de Imprensa Vaticana emitiu um comunicado oficial: ‘O Santo Padre tem como hábito não manifestar julgamentos públicos sobre obras artísticas’. Mesmo em privado? O que é certo é que em público foram apresentadas grandes mentiras”.


A Paixão de Cristo/2
A paixão de Jesus e o catecismo das crianças
No jornal La Repubblica de 11 de fevereiro, Vittorio Zucconi, comentando o filme A Paixão de Cristo, escreveu que, para um cristão habitudinário e pouco evangelizador, depois de ter visto tanto sangue, a seqüência em que Jesus ressuscitado sai do sepulcro “faz com que nasça uma dilacerante nostalgia. Retorna a vontade do Cristo afetivo, tranqüilizante e um pouco manso do nosso catecismo infantil, com um coração na mão”.


Colégio dos Cardeais/1
A morte do cardeal Rossi. Os 80 anos de Lourdusamy, Piovanelli, Deskur
No dia 9 de fevereiro faleceu o cardeal Opilio Rossi, 93 anos, núncio apostólico criado cardeal pelo Papa Paulo VI em 1976, ex-presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. Com o falecimento de Rossi, os membros do Colégio dos Cardeais nomeados por Paulo VI são 17, dos quais quatro eleitores.
Em 5 de fevereiro completou 80 anos o cardeal da Índia, Simon Lourdusamy, prefeito emérito da Congregação para as Igrejas Orientais, no dia 21 de fevereiro foi a vez do italiano Silvano Piovanelli, de 1983 a 2001 arcebispo de Florença, e no dia 29 o polonês Andrzej Maria Deskur, presidente emérito do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.Portanto, no final de fevereiro, o Colégio dos Cardeais resulta composto por 192 cardeais, dos quais 127 eleitores. Em março, outros dois purpurados completarão 80 anos: dia 11 o eslovaco Jozef Tomko, prefeito emérito de Propaganda Fide e presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, e no dia 18 o franciscano Alexandre José Maria dos Santos, arcebispo emérito de Maputo.

Colégio dos Cardeais/2
Um milhão de euros para o Papa
O valor da coleta feita pelos cardeais por ocasião dos 25 anos de pontificado de João Paulo II alcançou 1 milhão de euros. A iniciativa partiu do decano do Colégio dos Cardeais, Joseph Ratzinger. A notícia foi dada no dia 9 de fevereiro na Rádio Vaticano e, de acordo com as intenções do Papa, todo o dinheiro recolhido será transferido para os cristãos da Terra Santa.


Estados Unidos/1
Kerry: apostar na esperança
“Eu penso que os Estados Unidos devem voltar a ser justos, além de poderosos. Bush apostou no medo para vencer as últimas eleições e agora tentará de novo esta carta. Apostou nas divisões sociais ao invés da esperança de dar a todos a possibilidade de se realizar”. Palavras de John Kerry, o provável concorrente de George Bush nas próximas eleições para a Casa Branca, em uma entrevista apresentada na Itália no jornal La Stampa de 27 de janeiro.


Estados Unidos/2
Eleições: o centro e os radicais de direita e de esquerda
No jornal La Stampa de 26 de janeiro, foi apresentada uma interessante análise sobre a disputa pela Casa Branca. Apresentamos algumas passagens: “Sintetizando, se para o desafio final com Bush prevalecer um candidato democrata radical tipo Howard Dean, o atual presidente terá uma vida fácil, e não é tudo, será também obrigado a se “radicalizar” no sentido oposto, deixando amplo espaço aos belicosos que o circundam, no caminho de uma política cada vez mais dura e unilateral. Mas o discurso pode mudar, se prevalecer um dos candidatos moderados ou centristas (tipo John Kerry, ou John Edwards, ou ainda o general Wesley Clark), ou seja, um que não contesta completamente a estratégia de Bush, incluindo a guerra a Saddam Hussein, mas critica severamente o modo como esta está sendo administrada ou a ausência de um projeto sério para a reconstrução do Iraque pós-Saddam e, nestas bases, admite a luta ao terrorismo internacional, aceitando suas implicações políticas e não apenas as militares, envolvendo seriamente a ONU e assim por diante. Nesse caso, Bush será obrigado a procurar o seu consenso eleitoral no “centro” e não na “direita”, o que não pode não influenciar a sua política no segundo mandato. Sem excluir que a própria reeleição pode ser colocada novamente em discussão, uma vez que o eleitorado de centro tornou-se decisivo”.


Nomeações/1
Stankiewicz novo decano da Rota Romana, Funghini arcebispo

No dia 31 de janeiro o Papa nomeou o novo decano do Tribunal da Rota Romana: trata-se de Dom Antoni Stankiewicz, 69 anos, polonês, nomeado auditor da Rota por Paulo VI em fevereiro de 1978. Contextualmente o Papa elevou à dignidade arquiepiscopal o decano demissionário, Raffaello Funghini, 75 anos completados em 1º de janeiro, que conserva o cargo de presidente da Corte de Apelo do Estado da Cidade do Vaticano.


Nomeações/2
O esloveno Rodé prefeito da Congregação para os Religiosos, o croata Eterovic ao Sínodo dos Bispos

No dia 11 de fevereiro o esloveno Franc Rodé, 69 anos, desde 1997 arcebispo de Liubliana, foi nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Assume o lugar do cardeal espanhol Eduardo Martínez Somalo, que completará 77 anos no final de março. Rodé emigrou com a família para a Argentina em 1945. Entrou para a Congregação Lazarista em 1952, em 1960 foi ordenado sacerdote em Paris. Estudou na Gregoriana e no Institut Catholique de Paris, onde se formou em Teologia em 1968. No entanto, em 1965, a pedido dos superiores tinha voltado à Eslovênia, onde fora vice-pároco, e provincial da sua ordem para toda a Iugoslávia (1973-1981), além de professor na faculdade Teológica de Liubliana. Em 1981 começou a trabalhar no Secretariado para os Não-Crentes, do qual tornou-se subsecretário em 1982. De 1993 a 1997 foi secretário do Pontifício Conselho para a Cultura.
Também no dia 11 de fevereiro, o croata Nikola Eterovic, 53 anos, foi nomeado secretário-geral do Sínodo dos Bispos. Assume o lugar do cardeal belga Jan Schotte, dos Missionários de Scheut, que completará 76 anos em abril. Eterovic, sacerdote desde 1977, entrou para o serviço diplomático da Santa Sé em 1980 e realizou suas atividades na Costa do Marfim, Espanha, Nicarágua e na Seção das Relações com os Estados da Secretaria de Estado. Desde 1999 era arcebispo e núncio apostólico na Ucrânia.
No dia 12 de fevereiro foi anunciado pela Sala de Imprensa Vaticana que a XI Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos será realizada no Vaticano de 2 a 29 de outubro de 2005 e terá como tema: “A Eucaristia, fonte e ápice da vida e da missão da Igreja”.


Nomeações/3
Itália
O neocatecumenal Cantafora bispo em Lamezia, Dettori em Ales-Terralba, Coccia em Pesaro. Lambiasi confirmado na Ação Católica

No dia 24 de janeiro Dom Luigi Cantafora, 61 anos, da província de Crotone foi nomeado bispo de Lamezia Terme. Assume o lugar de Vincenzo Rimedio, 76 anos completados em dezembro passado. Cantafora, ordenado sacerdote em 1969 e desde 1975 pároco de San Domenico em Crotone, é o primeiro sacerdote neocatecumenal a ser nomeado bispo na Itália.
Em 5 de fevereiro Giovanni Dettori, 64 anos, de Sassari, na Sardenha, foi nomeado bispo de Ales-Terralba no lugar de demissionário Antonino Orrù, que completará 76 anos em abril. Dettori, sacerdote desde 1965, era vigário geral desde 1983 e desde 2002 também reitor do seminário diocesano de Ozieri.
Em 23 de fevereiro Francesco Lambiasi, 57 anos, bispo emérito de Anagni-Alatri, foi confirmado para o próximo triênio como assistente eclesiástico geral da Ação Católica.
No dia 28 de fevereiro o sacerdote Pietro Coccia, 58 anos, de Ascoli Piceno, foi nomeado bispo de Pesaro. Sacerdote desde 1972, formado em Teologia na Lateranense e em sociologia na Universidade de Urbino, fundou e dirige o Instituto de Ciências Religiosas “Mater Gratiae” de Ascoli Piceno.
Também no dia 28 de fevereiro, foram aceitas as demissões de Ricardo Ruotolo, 75 anos, bispo auxiliar de Manfredonia-Vieste-San Giovanni Rotondo desde 1995.


Diplomacia/1
Novos núncios na Nigéria, Guatemala e Eritréia. Novo observador permanente em Estrasburgo

No dia 27 de janeiro o arcebispo Renzo Fratini, da região das Marcas na Itália, 60 anos, foi nomeado núncio na Nigéria. Desde 1998 era núncio na Indonésia e de ju­nho do ano passado também em Timor Leste. Entrou para o serviço diplomático vaticano em 1974 e prestou sua missão nas nunciaturas do Japão, Nigéria, Etiópia, Grécia, Equador, Jerusalém, França. Em 1993 foi promovido a arcebispo e núncio no Paquistão.
No dia 10 de fevereiro o arcebispo Bruno Musarò, da região da Apúlia na Itália, 56 anos, foi nomeado representante pontifício na Guatemala. Desde 1999 era núncio em Madagascar, Maurício e Seychelles, e delegado apostólico nas Ilhas Comor e La Réunion. Musarò, sacerdote desde 1971, faz parte do serviço diplomático desde 1977 e trabalhou na Coréia, Itália, República Centro-africana, Panamá, Bangladesh, Espanha, Secretaria do Estado. Em 1994 foi nomeado arcebispo e nomeado núncio no Panamá.
Em 19 de fevereiro o arcebispo proveniente da Córsega Dominique Mamberti, 52 anos, núncio apostólico no Sudão e delegado apostólico na Somália desde 2002, foi nomeado também representante pontifício na Eritréia. Até então a nunciatura na Eritréia era associada a da Etiópia e de Djibuti. Mamberti, sacerdote desde 1981, entrou para a diplomacia pontifícia em 1986 e trabalhou na Argélia, Chile, Onu-Nova York, Líbano e, antes de ser promovido arcebispo e núncio no Sudão, na Secretaria de Estado.
No dia 27 de janeiro, D. Vito Ralli, 51 anos, da Sicília, foi nomeado observador permanente junto ao conselho da Europa de Estrasburgo. Ralli, sacerdote desde 1979, entrou para o serviço diplomático em 1988 e prestou serviço nas nunciaturas da Coréia, Senegal, México, Canadá, Líbano e por último na Espanha.


Diplomacia/2
Novos embaixadores da China (Taiwan), Turquia, México, Bósnia e Argentina

No dia 30 de janeiro o novo embaixador da China (Taiwan) junto à Santa Sé apresentou as suas cartas credenciais. Trata-se de Chou-seng Tou, 62 anos, diplomata de carreira, embaixador no Senegal de 1996 a 2002, vice-ministro das Relações Exteriores em 2002-2003. O Papa, ao dar-lhe as boas vindas, entre outras coisas, lembrou que “o bem da sociedade comporta que o direito à liberdade religiosa seja garantido pela lei e seja protegido de modo eficaz”. (Enquanto que o Embaixador disse: “acreditamos sinceramente que com a vossa brilhante liderança e generoso interesse, as relações entre o meu país e a Santa Sé serão duradouras”).
No dia 21 de fevereiro foi a vez do representante da Turquia: Osman Durak, 57 anos, diplomata de carreira, ex-conselheiro da embaixada junto ao estado italiano (1991-1992) e desde 2001 embaixador na Arábia Saudita. No seu discurso de saudação, João Paulo II lembrou que “no momento em que a Turquia se está a preparar para estabelecer novas relações com a Europa, uno-me à população católica, na esperança de que as autoridades e as instituições turcas possam reconhecer o estado jurídico da Igreja no seu País”.
Em 24 de fevereiro foi a vez de apresentar as suas cartas credenciais o embaixador do México, Javier Moctezuma Barragán, 51 anos, diplomata de carreira, desde 2000 subsecretário para a população, a emigração e os assuntos religiosos do Ministério do Interior. A ele o Papa recordou que “não se deve ceder às pretensões daqueles que pretendem reduzir a religião à esfera meramente particular do indivíduo”.
Em 27 de fevereiro foi a vez do novo representante da Bósnia-Herzegóvina, Miroslav Palameta, 55 anos, croata, professor na Universidade de Mostar, ex-embaixador junto ao Estado italiano e à FAO de 1998-2000. Ao saudá-lo o Papa disse “penso, em primeiro lugar, na questão ainda a resolver dos exilados e dos refugiados da região de Banja Luka, de Bosanska Posavina e de outras regiões da Bósnia-Herzegovina, que esperam entrar nas suas terras em plena segurança para ali levar uma vida digna”.
No dia 28 de fevereiro foi a vez do novo representante da Argentina, Carlos Luis Custer, 65 anos, conhecido sindicalista católico, desde 1996 membro do Pontifício Conselho Justiça e Paz.


Diplomacia/3
Os 50 anos de relações diplomáticas entre o Irã e a Santa Sé
Na tarde de 12 de fevereiro junto à Pontifícia Universidade Gregoriana foi celebrado o seminário “Irã e Santa Sé: passado, presente e futuro”, promovido por ocasião dos 50 anos do início das relações diplomáticas entre os dois Estados. Estavam presentes ao encontro, o Ministro do Exterior do Irã, Kamal Kharrazi, e o “Ministro do Exterior” do Vaticano, o arcebispo Giovanni Lajolo. Naquela manhã, Kharrazi tinha sido recebido em audiência pelo Santo Padre e depois teve um encontro com o cardeal Secretario de Estado, Angelo Sodano, e o vice-ministro do exterior, D. Pietro Parolin. Em uma entrevista à Rádio Vaticano D. Lajolo declarou: “A Santa Sé olha para o Irã de hoje, tanto pela sua presença no contexto internacional – uma presença certamente muito importante – quanto, em particular, pela pequena comunidade de católicos que vive naquele país. Trata-se de 10 mil fiéis, em uma população de 80 milhões de habitantes, quase todos de religião islâmica. Portanto, a Santa Sé preocupa-se em defender e tutelar a sua liberdade de consciência, de fé, de religião vivida tanto individualmente como em comunidade. Quanto aos iranianos, assegura-se que exista plena liberdade de consciência dos católicos e também de culto. Temos algumas questões a serem resolvidas – na realidade não se trata de grandes problemas – refere-se principalmente à liberdade de culto, liberdade de organização, a concessão de vistos para entrada de religiosos que chegam de fora e cuja presença é necessária justamente pelo pequeno número de católicos no Irã. Também temos alguns problemas referentes às escolas, que no início da década de 80, foram expropriadas dos institutos católicos que as administravam. As nossas relações com o Irã, são, todavia, relações animadas pela mútua e boa vontade de entendimento e de uma concórdia cada vez maior”.


Milão
Em 2003 mais matrimônios civis do que religiosos
No ano passado, na cidade de Milão pela primeira vez o número de matrimônios na igreja foi superado pelo de casamentos no rito civil: 2.081 contra 2.151. Trata-se de uma ultrapassagem “histórica” para a cidade. O jornal La Repubblica de 5 de fevereiro publicou os números de matrimônios religiosos e civis de outras importantes cidades italianas. Descobre-se assim que em Bolonha (568 contra 665) há mais de um ano o rito civil é superior ao religioso, enquanto que em Turim (1.976 a 1.867) e Gênova (970 a 922) o matrimônio na Igreja ainda é, com pequena margem de diferença, o preferido. Em Nápoles (4.893 a 1.580) e Palermo (4.250 a 1.857) o casamento religioso ainda supera o civil. Os dados de Roma são mais equilibrados: os últimos números disponíveis, os de 2001, citam 6.346 matrimônios religiosos e 4.410 civis.


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