Rubriche
Extraído do número12 - 2004


MONTINI

A eucaristia: Jesus faze-te nosso


Giovanni Battista Montini durante a procissão do Corpus Christi em Milão

Giovanni Battista Montini durante a procissão do Corpus Christi em Milão

Padre Leonardo Sapienza publicou um pequeno livro no qual estão reunidos alguns pensamentos de Giovanni Battista Montini sobre a eucaristia (Leonardo Sapienza, Paolo VI e l’eucaristia, Libreria Editrice Vaticana, Cidade do Vaticano, 2004). Publicamos as palavras de Montini na época em que era arcebispo de Milão por ocasião do Corpus Christi de 1961: “Jesus faze-te nosso. Atrai-nos a ti presente, presente em uma forma misteriosa. Tu estás presente, como o singular peregrino de Emaús, que chega, aproxima, acompanha, ensina e conforta os desconsolados romeiros na noite das perdidas esperanças. Tu estás presente no silêncio e na passividade dos sinais sacramentais, como se quisesses de uma vez por todas velar e tudo desvelar de ti, assim que só os que crêem compreendam e só os que amam possam realmente receber. Para ti atrai-nos, ó paciente; paciente na tua oblação para a salvação dos outros, para o alimento dos outros; paciente na figuração do corpo separado do sangue; paciente até a extrema medida da dor, da desonra, do abandono, da angústia e também da morte. Assim, na medida da pena torna-se evidente o grau da culpa e do amor, da culpa humana e do teu amor”.




ORTODOXOS

Problemas entre as autoridades turcas e o Patriarcado


Bartolomeu I

Bartolomeu I

“Como todos sabem a igreja da Apresentação de Nossa Senhora foi também atingida pelo bárbaro atentado ao consulado britânico de Istambul um ano atrás, tendo sido muito danificada e impossibilitada de ser utilizada. Mas hoje, não somos vítimas apenas dos terroristas, mas também das autoridades deste país, pelo injustificável adiamento da concessão da licença necessária para a reconstrução da igreja. Não pedimos indenização e nem tratamentos de favor. Apenas fizemos o pedido e exigimos em plena legitimidade como cidadãos pacíficos deste país, um país que quer ser acolhido na União Européia, o que é um direito para cada um de seus cidadãos”. Com estas palavras o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, no dia da Apresentação de Maria no Templo, dirigiu-se aos seus fiéis. A notícia foi publicada na seção on line da revista italiana Espresso por Sandro Magister, que logo depois informou outros pontos de discórdia entre a comunidade ortodoxa e o governo: “No início de dezembro, sem qualquer explicação plausível, as autoridades turcas proibiram o bispo grego ortodoxo de Miron de celebrar a missa, como todos os anos, nas ruínas da venerada igreja de São Nicolau Miron, na Ásia Menor. Além disso, nos mesmos dias, a Corte Suprema Turca negou ao Patriarca os direitos de propriedade de um orfanato das Ihas dos Príncipes, depois de já ter dado o veto, dois meses antes, à restituição ao Patriarcado do Seminário teológico de Halki, confiscado e fechado há mais de trinta anos atrás: restituição inutilmente prometida, no início do ano passado, pelo primeiro-ministro Erdogan”.




Imaculada Conceição

Maria de Nazaré acolhe o Filho de Deus na história


A Imaculada Conceição, 
santinho francês da metade do século XIX

A Imaculada Conceição, santinho francês da metade do século XIX

“Maria de Nazaré acolhe o Filho de Deus na história”: este é o título do XXI Congresso mariológico mariano internacional realizado em Roma de 4 a 8 de dezembro passado. O Congresso foi preparado pela Pontifícia Academia Mariana Internacional (Pami) que desde 1950 organiza este evento cuja data de nascimento remonta a 1900, quando, em Lyon, foi celebrado pela primeira vez. Este ano, por ocasião do 150º aniversário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição por parte de Pio IX, a Pami escolheu a Universidade Lateranense como sede para os trabalhos, confiando a presidência ao cardeal Paul Poupard. O Congresso foi inaugurado com uma missa presidida por Bernard Francis Law, junto à Basílica de Santa Maria Maior, da qual o cardeal americano é o arcipreste. Os conferencistas foram muitos, entre os quais, monsenhor Rino Fisichella, reitor da Lateranense, padre Vincenzo Battaglia, ofm, presidente da Pami, padre Giacinto Boulos Marcuzzo, bispo auxiliar de Jerusalém e o famoso mariólogo francês René Laurentin. Na introdução, o cardeal Poupard convidou a “contemplar o grande Mistério de Amor da Trindade que se comunica a nós através do rosto de Cristo, um rosto a ser amado e ser acolhido na nossa cotidianidade, para que a ilumine e a salve com o esplendor da sua beleza”. Depois, falando de Maria, observou como a sua acolhida da boa nova foi “uma acolhida total, obediente e amorosa, que é principalmente dom de Deus”.





Cardeais/1 Kasper e a fé indivisível do Oriente e do Ocidente O cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, guiou uma delegação vaticana à Catedral de São Jorge, em Constantinopla, por ocasião da festa de Santo André Apóstolo. A visita ocorreu dois dias depois que o Papa entregara ao patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, as relíquias dos santos bispos Gregório Nazianzeno e João Crisóstomo. Falando sobre os dois santos bispos de Constantinopla, o cardeal alemão disse: “Duas testemunhas e dois mestres da nossa comum fé, pertencentes ao primeiro milênio, uma fé à qual o Oriente e o Ocidente permaneceram fiéis no segundo milênio e que agora fomos chamados por Nosso Senhor Jesus Cristo para testemunhá-la juntos no terceiro milênio”. As palavras do cardeal Kasper foram publicadas pelo jornal Avvernire de 1° de dezembro.
Cardeais/2 Tettamanzi: a Igreja ambrosiana e a Tradição
Obteve grande repercussão o discurso do cardeal Dionigi Tettamanzi, nas vésperas da solenidade de Santo Ambrósio, no dia 7 de dezembro. O trecho a seguir foi publicado pelo jornal La Padania : “é preciso recuperar um passado que tem suas raízes em uma Milão que , infelizmente, existe cada vez menos, mas que, mesmo através da Igreja ambrosiana pode tentar reviver os seus valores tradicionais”.

Cardeais/3 Pompedda: mas a Europa não é mais cristã
“A Constituição Européia corresponde à visão cristã em muitos aspectos”. São palavras do cardeal Mario Francesco Pompedda, prefeito emérito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, declaradas em uma entrevista publicada no jornal Corriere della Sera de 17 de dezembro. Na entrevista o cardeal diz: “O cristianismo deve voltar a ser uma mensagem, considerando que hoje, no cenário público, ele não é mais entendido, mas não porque os outros componentes uniram-se em uma conjuração: na minha opinião, é preciso evitar o risco duplo de um fácil triunfalismo de uma lado e, de outro, evitar o comportamento renunciatário para com uma secularização considerada fatalmente vitoriosa [...]. O pressuposto de que a Europa ainda seja substancialmente e na grande maioria cristã é fora da realidade. Isso é evidente em países como a França, que já foi primogênita da Igreja, e que hoje conta com um grande número de não batizados. Mas também em países como a Itália temos que ter coragem de olhar o cotidiano das pessoas, indo além das estatísticas sobre batismos”.
Santos e Beatos
Promulgados decretos sobre milagres atribuídos à intercessão de von Galen e Charles de Foucauld
No dia 20 de dezembro na presença do Papa foram promulgados alguns decretos da Congregação para as Causas dos Santos, entre os quais os que se referem aos milagres atribuídos à intercessão dos veneráveis servos de Deus Clemens August von Gales, o “Leão de Münster”, e Charles de Foucauld, o sacerdote francês que viveu 15 anos no deserto da Argélia antes de ser assassinado em 1961. O jornal Le Figaro observou que, embora Charles de Foucauld tenha sido morto pelos muçulmanos que combatiam contra a presença francesa no Saara, não será beatificado como mártir.
Zapatero “Melhor o respeito do que a tolerância”
No suplemento dominical do La Repubblica, em 19 de dezembro foi publicada uma longa matéria escrita por Concita De Gregorio sobre o inflamado contraste na Espanha entre a hierarquia católica e o novo governo socialista. No artigo a jornalista fala de um encontro com o primeiro-ministro espanhol. “Zapatero pega da sua estante um livro de Fernando de los Rios, pai do socialismo humanista, o anti Ortega y Gasset, ministro do governo em exílio e lê: ‘Ser leigos não significa ser tolerantes, que pressupõe uma superioridade, mas ser res­peitoso das convicções dos outros’”.
Sharon “2005 será o ano das grandes oportunidades”
São palavras do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, pronunciadas no decorrer da Conferência anual Acadêmica de Herzliya, durante a qual falou de uma “virada histórica das relações com os palestinos, uma oportunidade para a paz”. As palavras do primeiro-ministro israelense foram publicadas no Corriere della Sera de 17 de dezembro.
Cultura/1 Magris: Del Noce e a Monarquia de Dante
Na primeira página do Corriere della Sera de 13 de dezembro foi publicado um artigo de Claudio Magris, do qual apresentamos o seguinte trecho: “Augusto Del Noce – filósofo católico rigorosamente ortodoxo e tradicionalista, crítico ferrenho e fascinado pelo marxismo e genial intérprete do ateísmo e da modernidade niilista – muitas vezes falava do ostracismo que, por muitos séculos, atingira a Monarquia de Dante, excluindo-o do debate político e tentando quase eliminá-lo da memória. Essa fogueira não metafórica nasceu originariamente da vontade da Igreja de sufocar a teoria dantesca dos dois sóis, ou seja, da igual dignidade do poder espiritual e do político, ambos legítimos nas suas específicas esferas de competência – portanto teoria perigosa para o integralismo católico, que queria o Estado subordinado à Igreja [...]. Nos modos e nas formas medievais da sua época, o texto de Dante, que Del Noce considerava quase um samizdat, era um manifesto de laicidade’”.

Cultura/2 Brague: a transcendência não se cria
“Recuso absolutamente a idéia segundo a qual podemos criar-nos a transcendência de que precisamos. Por definição uma transcendência criada, ou uma transcendência horizontal, não é uma transcendência”. Palavras do filósofo francês Rémi Brague em uma entrevista ao jornal La Repubblica de 23 de dezembro.

Cultura/3
Depardieu: Deus, Agostinho e a psiquiatria
“Descobri Deus desde que comecei a declamar as Confissões de Santo Agostinho em todas as igrejas da França. Logo irei por toda a Europa. Se não se olha para o céu, o homem não é nada. Quem fala é um homem com 28 anos de análise que enterrou dois psiquiatras. Quem é Freud comparado a Deus?”. São palavras do ator francês Gérard Depardieu, em uma entrevista ao Giornale de 19 de dezembro.
Italia Ruini e o balanço dos vinte anos Na seção on line da revista Espresso, organizada por Sandro Magister, são apresentadas as passagens mais significativas do artigo do cardeal Camillo Ruini publicado na Vita e Pensiero (revista da Universidade Católica de Milão) de janeiro de 2005, no qual o purpurado, além de repropor temas habituais, como a “a nova questão antropológica”, faz um balanço das relações entre católicos e política a partir do Congresso de Loreto em 1985. Um balanço de vinte anos que parte do “ambicioso” objetivo, proposto em Loreto, de restituir à fé cristã na Itália “um papel condutor e uma eficácia impulsora”. Objetivo que foi relançado com força depois da queda do Muro de Berlim em 1989. Um projeto que atravessa também o fim da unidade política dos católicos, em relação à qual, Magister explica como “Ruini defendeu-a até o fim”, considerando que tal unidade, porém, tenha sido “impossível de ser reproposta a partir de 1994. Naquele mesmo ano no encontro da Conferência Episcopal Italiana reunida em Montecassino, Ruini lançou o ‘projeto cultural orientado no sentido cristão’”. Foi este o clima do congresso eclesial de Palermo de 1995. Segundo Ruini, nesta época o próprio Papa ditou a nova colocação dos católicos em política, com uma fórmula muitas vezes retomada pelo presidente da CEI: “A Igreja não deve e não pretende se envolver em nenhuma escolha de linha política ou de partido”. Um balanço que faz com que Ruini se detenha diante das resistências por parte de ambientes eclesiais que, segundo Magister, concentram-se principalmente no “catolicismo progressista”. Este balanço, segundo o cardeal, não pode deixar de ser considerado positivo, visto o res­peito para com as instituições eclesiásticas, confirmado pelas “altas percentagens de alunos que usufruem do ensinamento da religião católica e dos contribuintes que destinam parte da declaração de renda (8/1000) à Igreja. Complementa Magister: “O artigo deve ser lido, pois fornece boas armas tanto aos poucos que apreciam o cardeal, como aos muitos que são seus adversários ou o ignoram”.


Diplomacia/1 Novo núncio na Grã-Bretanha e na Austrália
No dia 11 de dezembro o arcebispo espanhol Faustino Sainz Muñoz, 67 anos, foi nomeado núncio na Grã-Bretanha. Sacerdote desde 1964, Sainz Muñoz entrou para o serviço diplomático vaticano em 1970 e prestou serviço no Senegal, nos países escandinavos e, de 1973, na Secretaria de Estado. Em 1988 foi promovido a arcebispo e pronúncio em Cuba. Em 1992 , foi nomeado núncio no Zaire e desde 1999 era núncio junto à Comunidade Européia de Bruxelas.
No dia 18 de dezembro o arcebispo Ambrose B. De Paoli foi nomeado núncio apostólico na Austrália. De Paoli, americano, 70 anos, sacerdote desde 1960, em 1997 foi nomeado núncio no Japão e antes disso foi núncio também em Sri Lanka e África do Sul. No dia 15 de dezembro o arcebispo Thomas E. Gullickson que desde 2 de outubro é núncio em Trinidad e Tobago e em outros pequenos países das Anti­lhas, foi nomeado também núncio em Antigua, Barbuda, Barbados, Jamaica, Guiana e Suriname. No dia 20 de dezembro Gullickson foi nomeado também núncio em Granadinas.
Diplomacia/2 Novos embaixadores da Lituânia, Peru e Croácia junto à Santa Sé
No dia 6 de dezembro o novo Embaixador da Lituânia junto à Santa Sé apresentou suas cartas credenciais. Trata-se de Algirdas Saudargas, 56 anos, ex-professor de matemática e, depois Ministro do Exterior (1990-1992 e 1996-2000), presidente da Democracia Cristã lituana (1995-1999) e parlamentar (1992-2004). Ao recebê-lo o Papa, entre outras coisas, disse: “No debate cultural e social, que atualmente investe a sua Pátria, sei que emerge a necessidade de realçar as raízes cristãs, das quais o tecido popular hauriu a linfa vital ao longo dos séculos”. Por usa vez, o embaixador disse que “a mais corajosa e a mais eficaz resistência ao regime totalitário reunia-se ao redor da Crônica da Igreja Católica na Lituânia, que foi a mais importante publicação periódica clandestina”.
No dia 7 de dezembro foi a vez do novo representante do Peru. Trata-se de Pablo Moral Van, 72 anos, diplomata de carreira, ex-embaixador na União Soviética, na Hungria e, nos últimos dois anos, na Itália. Ao dirigir-lhe a palavra o Papa disse: “A satisfação das necessidades básicas dos mais desfavorecidos e excluídos deve ser considerada uma prioridade fundamental, visto que as rápidas transformações da economia internacional levaram muitos deles a uma situação quase de desespero”. O diplomata peruano, por sua vez, recordou o papel de Bartolomeu de las Casas e do padre Francisco de Vitória na defesa dos direitos das populações indígenas da Américas. No dia 11 de dezembro coube ao novo embaixador da Croácia junto à Santa sé. Trata-se de Emilio Marin, nascido em Split há 53 anos, professor de arqueologia romana na Universidade da sua cidade natal assim como professor em Oxford e na Sorbonne, membro correspondente da Pontifícia Academia Romana de Arqueologia. No seu discurso o Papa sublinhou como os croatas “fortalecidos pela sua identidade espiritual, poderão dar à comunidade dos povos europeus o contributo da sua experiência”. O Embaixador, por sua vez, agradeceu ao Papa “pelo seu pessoal empenho e também pelo apoio dado pela Santa Sé à República da Croácia no seu caminho à independência, o reconhecimento, o desenvolvimento e sua plena integração na família européia...”.

Diplomacia/3 Novos Embaixadores não residentes de Maláui, Tailândia, Luxemburgo, Quênia e Noruega

No dia 16 de dezembro cinco novos embaixadores junto à Santa Sé não residentes apresentaram suas cartas credenciais ao Santo Padre. Trata-se dos representantes de Maláui (Gilton Bazilio Chiwaula, embaixador em Berlim onde reside atualmente); da Tailândia (Pradap Pibulsonggram, Suíça), de Luxemburgo (Georges Santer, também Secretário Geral do Ministério do Exterior), do Quênia (Raychelle Awuor Omano, França) e da Noruega (Lars Petter Forberg, Suíça).

Livros Traduzido para o coreano o De civitate Dei

A Editora coreana Benedictine Press de Waugwan publicou em língua local o De civitate Dei, acompanhado pelo texto em latim. É a primeira vez que este texto do Bispo de Hipona é traduzido em coreano. A obra é do professor Youm Bosco Seong, desde julho de 2003 embaixador de Seul junto à Santa Sé e que precedentemente já traduzira outras obras do doutor da Igreja, como o De doctrina christiana em 1988, o De vera religione em 1988 e o De libero arbitrio em 1998. A tradução recebeu uma positiva recensão no Osservatore romano de 15 de dezembro escrita pelo monsenhor Waldemar Turek, oficial da Secretaria de Estado e membro do conselho diretor da Fundação Latinitas.




GIUSSANI

O Natal: um Ser novo, naquele lugar, floresceu


Nossa Senhora com o Menino, Sala Giulio Cesare, Capitólio, Roma

Nossa Senhora com o Menino, Sala Giulio Cesare, Capitólio, Roma

Por ocasião do Natal, a seção “Capa” do telejornal italiano Tg2 de 24 de dezembro deu espaço a uma mensagem de padre Luigi Giussani, na qual o sacerdote milanês disse: “Um Ser novo entra no mundo, o mundo do Deus verdadeiro. Naquele lugar, floresceu um Ser novo, como não há em todo o perfil do mundo. Tudo vem dEle, mas ali predomina a novidade de uma vida [...]. Ali se pressente uma coisa nova que entusiasma, e tudo tende a fazer com que ela se concretize. E, precisamente por isso, suscita uma grande devoção. Por graça divina, num tempo estabelecido, o Filho de Deus tornou-se uma criança na história humana, apropriou-se dos cânones e das fórmulas de uma existência. Na lembrança e na memória desse Fato, o testemunho do Filho de Deus aparece cada vez mais forte, e a impotência do mal passa a ser a figura dominante de toda a história. E surge o povo de Yahweh, invadindo o mundo. Assim, o povo cristão retém em suas mãos, por todos os dias de sua vida, a aposta no poder de Deus através do tempo, e a oração a Nossa Senhora de que se realize em todas as circunstâncias”.
(traduzido por Durval Cordas)


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