Rubriche
Extraído do número04 - 2005


O discurso do Papa Wojtyla aos participantes da 69ª Conferência da União Interparlamentar, Vaticano, 18 de setembro de 1982


Senhor Presidente, Excelências, Senhoras e Senhores 1 Aprecio de modo particular a vossa presença aqui, por ocasião da importante Conferência que é realizada em Roma pela nobre Instituição de que sois membros. E agradeço-vos a vossa visita. Os meus venerados predecessores não deixaram de manifestar o seu interesse à União Interparlamentar nem mesmo de lhe prodigar os seus encorajamentos. Por exemplo o Papa Pio XII, a 9 de Setembro de 1948, acentuou a permanência e a oportunidade de tal Associação. E passados dez anos, quando a União teve a sua precedente Conferência na Itália, o Papa Paulo. VI quis prestar clara homenagem ao vosso trabalho de parlamentares. Depois de situar a vossa acção política a respeito do poder executivo, de novos “poderes” de corpos intermediários e de tecnocratas, Paulo VI diagnosticava uma certa crise de função e de identidade do Parlamento, mas fazia justamente votos, no quadro de uma evolução necessária, por que esta instituição desempenhasse, ainda mais eficazmente o seu papel, para além de contendas partidárias e de um certo jogo político estéril. O Parlamento assim compreendido contribui de facto para a salvaguarda da democracia. Não mostra porventura a experiência todos os dias o que uma nação arrisca quando as Autoridades governamentais de uma parte e os grupos de pressão da outra parte não deixam o justo lugar aos representantes da sociedade, eleitos democraticamente e que agem livremente, em consciência, para responder às aspirações legítimas dos seus compatriotas, tendo em vista o bem comum do conjunto do povo e tendo em conta tanto as realidades concretas como os direitos fundamentais das pessoas e das suas associações?... Continua no sumário




O discurso de saudação do presidente da República italiana Carlo Azeglio Ciampi ao Santo Padre por ocasião da visita oficial ao Vaticano, em 19 de outubro de 1999


Santidade, agradeço-lhe pela sua solicitude paterna para com a Itália e agradeço-lhe pela amabilidade e o calor da sua acolhida e pelas ocasiões de encontro que precederam esta visita oficial como presidente da República Italiana. Esta visita coincide com o início do XXII ano do seu pontificado: é viva a recordação das esperanças que, naquele 16 de outubro de 1978, abriram-se nos nossos corações e que o senhor exerceu nestes anos da sua missão. O povo italiano admira a força espiritual, a firmeza nos propósitos, a profundidade dos valores, a vitalidade da sua mensagem de fé que fala à consciência de todos os homens. Ouve a sua chamada para uma melhor ordem na justiça e na solidariedade, e o seu constante apelo ao valor central da pessoa humana. Santidade, a Itália, da qual o senhor sublinhou a contribuição para a edificação de uma Europa do espírito, sabe muito bem que os valores cristãos estão indissoluvelmente entrelaçados com o crescimento da Europa, com a fundação da própria União Européia e com o novo e difícil compromisso de reforçar a sua identidade e autoridade. continua no sùmario




DOCUMENTOS

Discurso do Papa João Paulo II na visita ao Parlamento Italiano no Palácio de Montecitório, quinta-feira, 14 de novembro de 2002


Senhor Presidente da República Italiana, Ilustres Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Senhor Presidente do Conselho dos Ministros, Ilustres Deputados e Senadores! 1 Sinto-me profundamente honrado pelo solene acolhimento que hoje me é prestado nesta sede prestigiosa, na qual todo o povo italiano está por vós dignamente representado. Dirijo a todos e a cada um a minha saudação deferente e cordial, consciente do grande significado da presença do Sucessor de Pedro no Parlamento Italiano. Agradeço ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados e ao Senhor Presidente do Senado da República as nobres palavras com que interpretou os sentimentos comuns, dando voz também aos mi-lhões de cidadãos, de cujo afecto tenho a confirmação quotidiana nas numerosas ocasiões em que me é concedido encontrar-me com eles. É um afecto que me acompanhou sempre, desde os primeiros meses da minha eleição à sede de Pedro. Por ele desejo exprimir a todos os italianos, também nesta ocasião, a minha profunda gratidão. Já durante os anos em que era estudante em Roma e depois nas visitas periódicas que fazia à Itália como Bispo, sobretudo durante o Concílio Ecuménico Vaticano II, foi aumentando no meu coração a admiração por um País no qual o anúncio evangélico, que aqui chegou desde os primeiros tempos apostólicos, suscitou uma civilização rica de valores universais e um florescimento de admiráveis obras de arte, nas quais os mistérios da fé encontraram expressão em imagens de beleza sem igual. Quantas vezes, por assim dizer, constatei as marcas gloriosas que a religião cristã imprimiu nos costumes e na cultura do povo italiano, concretizando-se também em numerosas figuras de Santos e Santas cujo carisma exerceu um influxo extraordinário nas populações da Europa e do mundo. Basta pensar em São Francisco de Assis e em Santa Catarina de Sena, Padroeiros da Itália... Continua no sumário


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