Rubriche
Extraído do número09 - 2005


3ODIAS NO MUNDO


Papa/1
Quatro bispos chineses convidados ao Sínodo

Bento XVI nomeou quatro bispos chineses membros da XI Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos. Trata-se de Antonio Li Duan, bispo de Xian; Aloysius Jin Luxian, bispo de Xangai; Luca Li Jingfeng, bispo de Fengxiang, e José Wei Jingyi, bispo de Qiqihar. Os nomes dos quatro eclesiásticos foram publicados no L’Osservatore Romano em 8 de setembro passado, sem fazer qualquer referência explícita de seus títulos episcopais. Entre eles, Wei Jingyi não é reconhecido como bispo do governo de Pequim. Até a data do início do Sínodo, 2 de outubro, nenhum dos quatro bispos convidados tinha recebido o visto para deixar a China e participar do sínodo em Roma.


Papa/2
Confusão diplomática

No dia 15 de setembro o presidente turco Ahmet Necdet Sezer apresentou publicamente o anúncio oficial do seu governo dirigido a Bento XVI para visitar a Turquia em 2006 fazendo votos de que em tal visita o Papa “possa dar-se conta pessoalmente do clima de tolerância cultural” que vigora no grande país muçulmano, que espera ser acolhido na União Européia.
Bento XVI já havia sido convidado pelo patriarca ecumênico Bartolomeu I para visitar Istambul em 30 de novembro por ocasião da festa do padroeiro Santo André Apóstolo. Ao receber o convite do governo ficou impossibilitado de aceitar para este ano convite de Bartolomeu I.


Papa/3
O encontro com Hans Küng

“Bento XVI conversa por duas horas num jantar com o teólogo crítico e seu ex-colega de universidade Hans Küng: o encontro deu-se em Castel Gandolfo no sábado, mas a notícia foi dada somente ontem. ‘O Papa ficou muito contente com o encontro’, garantem no Vaticano. ‘Foi uma alegria recíproca revermo-nos depois de tantos anos’, declarou Küng”. Publicado no Corriere della Sera da terça-feira, 27 de setembro, noticiando o encontro entre o Papa e o teólogo alemão.


Israel/1
A Sinagoga e o Estado

O intelectual Amos Oz no Corriere della Sera de 20 de agosto comentou assim a retirada dos colonos da Faixa de Gaza: “É uma batalha entre Igreja e Estado (para sermos mais exatos entre Sinagoga e Estado). Muitas nações tiveram que enfrentar a questão: qual deveria ser o papel e o peso da religião e do clero na condução de um país? Alguns Estados encontraram a solução séculos atrás. Outros nunca deixaram de procurá-la [...]. Em Gaza assistimos ao que num futuro, poderá ser a primeira batalha entre Sinagoga e Estado na história de Israel. A primeira ocasião para esclarecer o significado da judaicidade no único Estado judaico. Antes de tudo somos uma religião ou uma nação? Nesta primeira fase parece que o componente leigo, racional, pragmático de Israel, esteja dolorosamente predominando sobre o componente impregnado de fanatismo. Porém, não podemos esquecer que se trata apenas de uma primeira etapa”.


Israel/2
A metamorfose de Sharon e do país

No dia 27 de setembro Sandro Viola comentou as dramáticas consultas internas do Likud (Parlamento israelense) com um interessante artigo. Este é o incipit: “Se o comitê central do Likud, com uma maioria conservadora, ficou ao lado de Sharon ao invés de Benjamin Netanyahu quer dizer que Israel mudou. A metamorfose não é apenas de Sharon, portanto: é uma transformação do país inteiro que decidiu dar as costas à minoria extremista e fanática, ao sionismo religioso e às direitas nacionalistas para acabar o quanto antes com as ocupações dos territórios. E procurar – se os fanáticos do outro lado, as bandas armadas integralistas, consentirem – o caminho de um compromisso com o povo palestino”.


Iraque
Al-Zarqawi não existe

“Não creio que Al-Zarqawi exista como tal. É uma invenção dos ocupantes para dividir o povo: foi morto no norte do Iraque no início da guerra quando estava com o grupo Ansar al-Islam no Curdistão. A sua família, na Jordânia, celebrou uma cerimônia fúnebre em sua homenagem. É uma desculpa para louvar os americanos, uma desculpa para continuarem a ocupação”. Palavras do xeque Jawad al-Khalessi, imã xiita da mesquita de al-Kazemiya em Bagdá, em uma entevista concedida ao Le Monde em 17 de setembro, quando se encontrava em Lyon para participar de um encontro organizado pela Comunidade de Santo Egídio. A entrevista foi publicada também pelo La Stampa no mesmo dia.


Nomeações
Novo bispo em Cuneo e Fossano e em Pozzuoli

No dia 24 de agosto dom Giuseppe Cavallotto, há um ano reitor da Pontifícia Universidade Urbaniana, foi nomeado bispo de Cuneo e Fossano, que permanecem unidas in persona episcopi. Cavallotto, 65 anos, originário da diocese e província de Asti, é sacerdote desde 1964, e no passado teve encargos na diretoria da Ação Católica e membro da Comissão da Conferência Episcopal Italiana para a redação do catecismo dos pré-adolescentes (1973-1982).
No dia 2 de setembro o bispo coadjutor Gennaro Pascarella, 57 anos, sucedeu dom Silvio Padoin na direção da diocese de Pozzuoli. Pascarella, nomeado bispo de Ariano Irpino em 1998, era coadjutor da diocese desde janeiro de 2004.




Livro
Raízes humanas e valores cristãos da família, de dom Francesco Di Felice

“Um fenômeno muito preocupante é o das chamadas uniões de fato. Trata-se de pessoas que se unem, mas não pretendem assumir obrigações jurídicas permanentes: portanto não têm estabilidade, compromissos para com a sociedade e para com uma dimensão pública. Apesar disso, alguns Estados aceitaram conceder um tipo de reconhecimento legal com conseqüentes efeitos civis. Além disso, alguns Parlamentares legalizaram a união entre pessoas do mesmo sexo, reconhecendo-lhes (o que é ainda mais grave!) também o direito à adoção legal de crianças. Pisoteando assim o princípio do ‘bem supe­rior da criança’, sancionado pela Convenção das Nações Unidas sobre o direito da criança”. Palavras do cardeal Secretário de Estado, Angelo Sodano na sua apresentação escrita para o livro Raízes humanas e valores cristãos da família, de dom Francesco Di Felice, “que já foi benemérito subsecretário”, são palavras do cardeal Sodano, “do Pontifício Conselho para a Família”. O livro foi publicado pela Libreria Editrice Vaticana.




OPUS DEI

Os 50 anos de sacerdócio de Javier Echevarría


O presidente da Câmara dos Deputados Pier Ferdinando Casini, o ministro Gianni Alemanno, o senador vitalício Giulio Andreotti, o prefeito de Roma Walter Veltroni, são algumas das personalidades que participaram na tarde de 22 de setembro na Basílica de Santa Maria Maior em Roma, à missa pelo qüinquagésimo aniversário de ordenação sacerdotal do prelado do Opus Dei, o bispo Javier Echevarría Rodríguez. A solene liturgia foi celebrada pelo próprio Echevarría na lotada basílica romana, diante de numerosos purpurados e bispos, entre os quais o Secretário de Estado vaticano, Angelo Sodano. No início da missa foi lida a mensagem enviada por Bento XVI com a qual o Pontífice parabeniza Echevarría pelo “feliz jubileu”, testemunha-lhe sentimentos de “estima e carinho” e envia-lhe a bênção apostólica. Na sua carta, Bento XVI recorda as etapas do sacerdócio de Echevarría, falando dos “tantos trabalhos e dificuldades superados com a graça divina”. O Pontífice sublinhou em particular “o empenho para a evangelização” e, no campo da cultura e das ciências, atividade realizada com a Pontifícia Universidade da Santa Cruz, “recentemente constituída”. “Levas no teu coração”, lê-se ainda na mensagem, “a defesa da vida, da família e do matrimônio, bem como a formação e o atendimento pastoral aos jovens”. Durante a cerimônia deu-se a intervenção do presidente da Conferência Episcopal Italiana, Camillo Ruini. Na sua homilia, Echevarría, referiu-se várias vezes às palavras e ao exemplo do fundador do Opus Dei, São Josemaría Escrivá Balaguer, e do seu próprio predecessor, Álvaro del Portillo. “O Se­nhor”, disse Echevarría citado pela Agência de Notícias Ansa, “concedeu-me o dom de poder proclamar a Palavra, de representá-lo diante dos homens, de utilizar-me como seu instrumento. Confiou-me, além disso, o cuidado pastoral do Opus Dei, esta pequena porção do seu grande rebanho, que é Igreja. Ajudem-me”, acrescentou “para que eu possa levar a cabo com eficácia a missão recebida, aprofundando no sulco traçado pelos meus predecessores na tarefa de guiar a atual Prelazia”.




DIPLOMACIA/1

Novos núncios na África, Península Arábica e Turquia


No dia 4 de agosto George Antonysamy, 53 anos, indiano, foi eleito arcebispo e núncio apostólico na Guiné, Libéria e Gâmbia. Antonysamy foi ordenado sacerdote em 1980 e em 1987 entrou para o serviço diplomático da Santa Sé. Trabalhou nas nunciaturas da Indonésia, República Centro-Africana, Bangladesh, Lituânia e por último na Jordânia. Em 20 de setembro foi nomeado também núncio em Serra Leoa.
Em 24 de agosto o arcebispo vietnamita Pierre Nguyên Van Tot, 56 anos, foi nomeado núncio na República Centro-Africana. Era núncio em Togo e Benin desde 2002.
Também em 24 de agosto foi nomeado o novo núncio de Benin e Togo, trata-se do verbita americano Michael A. Blume, 59 anos, desde 2000 subsecretário do Pontifício Conselho para os migrantes. De 1983 a 1990 Blume foi provincial da sua ordem religiosa justamente em Gana, Benin e Togo.
Em 27 de agosto o arcebispo libanês maronita Mounged El-Hachem, 71 anos, foi nomeado núncio apostólico em Kuait, Bahrein, Iêmen e Qatar e delegado apostólico na Península Arábica. El-Hachem, sacerdote desde 1959, trabalhou na Pontifícia Comissão das Comunicações Sociais de 1970 a 1978 e prestou serviços na primeira seção da Secretaria de Estado onde, em 1993, tornou-se chefe de departamento. Desde 1993 era bispo de Baalbek-Deir El-Ahmar dos Maronitas.
Também no dia 27 de agosto o arcebispo Antonio Lucibello, calabrês, 63 anos, foi nomeado núncio na Turquia e Turcomenistão. Era núncio, desde 1999, no Paraguai.




DIPLOMACIA/2

Novos embaixadores da Venezuela, Paraguai, Equador e México


No dia 26 de agosto o Papa recebeu em Castel Gandolfo as cartas credenciais do novo embaixador da República Bolivariana da Venezuela: trata-se de Ivan Guillermo Rincón Urdaneta, 55 anos, magistrado e jurista de 2000 a 2005 presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Em 27 de agosto foi a vez do novo representante do Paraguai: Gerónimo Narváez Torres, 61 anos, diplomata de carreira, ex-Cônsul Geral em Milão (1996-2000) e em São Paulo, Brasil (2000-2005). No dia 29 foi a vez do novo embaixador do Equador: Francisco Salazar Alvarado, 75 anos, que já recebera este encargo de 1984 a 1988.
Em 23 de setembro, o Papa recebeu as cartas credenciais do novo embaixador do México. Trata-se de Luis Felipe Bravo Mena, 53 anos, ex-professor de Filosofia Política e senador da República, desde 1999 presidente do Comitê executivo nacional do Partido Acción Nacional (Pan).



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