Rubriche
Extraído do número07 - 2003


3ODIAS NO MUNDO


Papa/1
Publicada a Ecclesia
in Europa

No dia 28 de junho o Papa assinou a Ecclesia in Europa, a exortação pós-sinodal do Sínodo Europeu celebrado no Vaticano de 1� a 23 de outubro de 1999 sobre o tema "Jesus Cristo, vivo na sua Igreja, fonte de esperança para a Europa".

Papa/2
Um beato de origens judaicas

No dia 22 de junho, durante a viagem à Bósnia (a 101� viagem ao exterior), o Papa beatificou o leigo Ivan Merz (1896-1928). Os meios de comunicação evidenciaram o fato de o beato ter crescido em uma família burguesa e liberal. O jornal católico francês La CroixH(21 de junho) acrescentou que "sua mãe, era húngara de origem judaica".


Papa/3
Férias em Castel Gandolfo

No dia 25 de junho o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls declarou que no dia 10 de julho o Papa partirá para Castel Gandolfo para passar o verão. Neste período, entre outras coisas, "irá dedicar-se a um livro que está escrevendo sobre a sua experiência pastoral e humana como bispo". Na ocasião Navarro-Valls acrescentou: "No seu programa não figura nenhuma intervenção cirúrgica no joelho, da qual, sem fundamento, falou-se ultimamente".


Nomeações/1
Mani em Cagliari, Bagnasco ordinário Militar

No dia 20 de junho Giuseppe Mani, que completou 67 anos no dia seguinte, foi nomeado arcebispo de Cagliari. Nascido na Toscana, cidade de Rufina, perto de Florença e diocese de Fiesole, sacerdote desde 1960, Mani foi bispo auxiliar de Roma de 1987 a 1996, quando foi promovido a ordinário militar para a Itália. Neste último encargo o substitui Angelo Bagnasco, 60 anos, originário da província de Brescia, mas genovês de adoção, sacerdote desde 1966, bispo de Pesaro desde 1998 (diocese que em 2000 foi elevada ao nível de arquidiocese metropolitana). Bagnasco é membro, na qualidade de secretário, da Comissão Episcopal da CEI para a educação católica, a escola e a universidade; além disso, é presidente do conselho de administração do jornal Avvenire.


Nomeações /2
O capuchinho O’Malley em Boston

No dia 1� de julho foi nomeado o sucessor do cardeal Bernard Francis Law, que demitiu-se em dezembro do ano passado, para guiar a arquidiocese de Boston. Trata-se do capuchinho Sean P. O’Malley, 59 anos completados em 29 de junho, bispo de Palm Beach na Flórida há apenas 10 meses. Sean P. O’Malley, sacerdote desde 1970, foi nomeado coadjutor em 1984 e ordinário em 1985 da diocese de Saint Thomas nas Ilhas Virgens. Em 1992 foi transferido para a diocese de Fall River em Massachusetts onde permaneceu até o final do ano passado. Tanto em Fall River como em Palm Beach, O’Malley teve que enfrentar problemas inerentes ao escândalo de sacerdotes acusados de pedofilia. A sua capacidade em enfrentar este tipo de problema parece ter favorecido a sua promoção a poucos meses da outra transferência de diocese.
O jornal La Stampa, em um artigo de 1� de julho que antecipava as nomeações, recordou que no passado O’Malley foi nomeado muitas vezes "visitador apostólico" em seminários na América Central e no Caribe.


CrÍticas/1
Os neoconservadores contra a posição
do Papa na Guerra
no Iraque

_Nos últimos três meses, a Santa Sé elevou o nível do discurso moral ou acrescentou ao debate considerações que de outra forma teriam sido preteridas? Não é fácil responder afirmativamente a essas perguntas. Os seus mais devotos admiradores reconhecem que o Papa tem uma certa responsabilidade por esta infeliz circunstância. [...] Com relação a oferecer clareza moral sobre a paz e a guerra deve ser simplesmente admitido que este não foi o melhor momento deste pontificado. Mas ninguém deveria ser criticado com excessiva severidade. Flannery O’Connor dizia que às vezes sofremos mais por causa da Igreja do que pela Igreja". São palavras do padre John Neuhaus, um dos líderes da parte católica do movimento neoconservador comentando sobre a guerra no Iraque (The sounds of religion in a time of war) publicado no número de maio do revista First Things da qual é diretor.


CrÍticas/2
Um historiador considera perigosa
a constituição apostólica sobre
o conclave

No número de 24 de maio do jornal semanal católico The Tablet foi publicada uma recensão do livro The Conclave: a sometimes secret and occasionally bloody history of papal elections, de Michael Walsh. O artigo escrito pelo professor Eamon Duffy, membro do Pontifício Comitê de Ciências Históricas, faz uma clara crítica da constituição apostólica Universo Dominici gregis, que desde 1996 dita as regras para a eleição dos pontífices: "É um documento revolucionário e segundo o meu modo de ver (e o de Walsh) perigoso". Segundo Duffy o "aspecto perigoso" das novas normas está no fato de ter excluído "o requisito milenar de o Papa ser eleito por uma maioria de dois terços" introduzindo a possibilidade de ser suficiente a maioria absoluta depois de 30 escrutínios. Trata-se de um procedimento imprudente e desnecessário", escreve Duffy. E conclui: "Os cardeais da Santa Igreja Romana obviamente estão acima de qualquer suspeita, mas se por um absurdo um grupo suficientemente grande deles agisse em concordância, seria possível obstar sistematicamente a maioria dos dois terços para um candidato que não lhes agradasse, e na trigésima primeira votação colocar o próprio candidato com uma simples maioria. É uma receita que favorece o espírito de parcialidade e a falta do consenso, sem precedentes na história da instituição. Podemos apenas esperar que ninguém lhes informe".


Religião/1
Os católicos e o
Deus relativo

O Deus relativo dos italianos
: este é o título de uma grande pesquisa do La Repubblica sobre a religião e os italianos, cujos resultados foram publicados na edição de 22 de junho. Além dos comentários do jornal, alguns dados impressionam, como a freqüência à missa semanal praticada por 19,5% dos homens e 38,5% das mulheres. Ou os dados referentes à doutrina da fé: os que crêem na ressurreição de Jesus Cristo são 78,1%; na existência do diabo 53,5%; na ressurreição dos corpos 31,3%; na infalibilidade do papa 41,9%; no inferno 50,1%; no paraíso 65,5%. Também são significativos os dados quanto ao número dos que crêem no mau-olhado e nos "trabalhos", na possibilidade de comunicação com os defuntos, na reencarnação em forma de animal, que oscilam entre 16 e 19% dos entrevistados. É significativo também o dado que refere aos católicos e a política: apenas 4% dos entrevistados considera que os católicos deveriam votar em um partido de inspiração cristã.


Religião/2
Os católicos e a indiferença à política

No jornal La Stampa de 25 de junho foi publicado um artigo de Leonardo Zega comentando a pesquisa sobre os italianos e a religião publicada no La Repubblica de 22 de junho. Apresentamos uma passagem: "Em uma fase de transição tão atormentada, é singular que 40% dos entrevistados declarem que os católicos podem votar em qualquer partido, sem particulares problemas de consciência. Aos quais deve-se acrescentar os 32% que afirmam que se pode aderir a qualquer agrupamento, prescindindo da sua ideologia, desde que procurem promover no seu interior os valores cristãos. Como, não foi dito. E portanto, para os dois terços dos entrevistados, as escolhas políticas são indiferentes como se fosse o fim do "partido dos católicos" (do qual ninguém sente falta) possa significar o desempenho da responsabilidade civil e moral ancoradas na própria fé religiosa".


Ásia
Acordo entre
a Índia e a China

Acordo sobre o Tibet, degelo entre a Índia e a China
. Este é o título de um artigo publicado no Corriere della Sera de 25 de junho, no qual se noticiava o fim da longa divergência entre os dois gigantes asiáticos, um terço da população mundial, com relação a uma passagem na fronteira entre os dois Estados. Segundo o que foi publicado no Corriere, o acordo, assinado de forma solene em Pequim depois de um encontro entre os primeiros-ministros dos dois países, teria deixado Dalai Lama insatisfeito.


Brasil
Por um mundo pluralista

"O Brasil é um dos fundadores do G3 junto com a Índia e a África do Sul, que parece interessar também China e Rússia. O objetivo? Lançar as bases de um governo mundial mais democrático e representativo". Publicado no Il Messaggero de 21 de junho, no qual se noticiava a reunião de cúpula realizada nos Estados Unidos, entre o presidente George Bush e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.


Rota Romana
Os prelados auditores tornam-se eméritos aos 75 anos

Os prelados auditores da Rota Romana não serão mais eméritos aos 74 anos como acontecia desde os tempos de São Pio X e como estabelecido pelas Normas da Rota de 1994, mas aos 75 anos. Assim, terão a sua "aposentadoria" com a mesma idade dos secretários eXdos prelados superiores do resto da Cúria Romana. Isso foi estabelecido em um rescrito ex audientia Sanctissimi assinado pelo Secretário de Estado, cardeal Angelo Sodano, em 8 de abril de 2003 e publicado nas Acta Apostolicae Sedis de 3 de maio.

Anglicanos
Ameaça de cisma

No dia 20 de maio foi publicada a nomeação de Jeffrey John a bispo sufragâneo de Reading. John é um homossexual declarado (admitiu ter uma relação com um clérigo há 27 anos embora atualmente seja platônica), e isso provocou numerosos protestos por parte da componente "evangélica" anglicana, de nove bispos anglicanos na Inglaterra e da cúpula de algumas comunidades do terceiro mundo que chegaram até mesmo a ameaçar um cisma, como fez também o primaz nigeriano Peter Jasper Akinola. Também falou sobre o assunto o primaz da Comunhão Anglicana Rowan Williams, com um despacho interlocutório. A consagração de John está prevista para o dia 9 de outubro em Westminster.


Liturgia
"Liturgista do século"

O bispo Piero Marini, 61 anos, mestre das celebrações pontifícias, "poderia ser chamado de ‘o liturgista do século’". São palavras de John L. Allen Jr. entrevistando o prelado na column "The world from Rome", organizada por ele para o jornal progressista americano National Catholic Reporter (20 de junho). Durante a entrevista Piero Marini que, quando jovem, foi secretário pessoal de Annibale Bugnini, o arquiteto da reforma litúrgica pós-conciliar, afirma que a missa tridentina "era uma expressão litúrgica dos países da Bacia do Mediterrâneo. Com a separação dos protestantes, também na França, o que restava era a Espanha, a Itália, a Áustria... a Igreja tinha sido reduzida a algo relativamente pequeno. Mas com o novo mundo, a América Latina e as várias missões na África e na Ásia, era necessário abrir essa liturgia que tinha sido fechada aos novos povos. Isso aconteceu com o Concílio Vaticano II e com as viagens do Papa".


Gnose
A morte do padre Orbe

No dia 8 de junho faleceu aos 86 anos o padre Antonio Orbe, jesuíta basco, que por quase meio século foi professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, um dos maiores estudiosos do gnosticismo. O ilustre estudioso foi recordado com um artigo de Gian Maria Vian publicado no Avvenire de 10 de junho com o título Orbe, o jesuíta que assaltou o gnosticismo.
França
Discurso de Chirac aos maçons

_o dia 23 de junho o presidente francês Jacques Chirac fez um discurso pelo 275� aniversário da criação da primeira loja maçônica francesa, em 1728. No seu discurso declarou-se "orgulhoso por receber representantes de uma tradição filosófica que teve grande importância na França e no mundo na elaboração e na difusão das idéias republicanas", e cumprimentou as lojas pelas mais recentes colaborações em debates relativos à bioética, o futuro da escola, a construção européia, a globalização.


Diplomacia/1
Novo observador em Genebra. Núncios na Líbia e Timor Leste

No dia 10 de junho foi anunciada a nomeação do novo observador permanente da Santa Sé junto ao escritório da ONU em Genebra e junto à Organização Mundial do Comércio com sede na mesma cidade suíça. Trata-se do arcebispo vêneto Silvano Tomasi, escalabriniano, 63 anos em outubro, sacerdote desde 1965 e desde 1996 núncio apostólico na Etiópia e na Eritréia e desde 2000 em Djibuti. Tomasi que era também representante especial junto à Organização da Unidade Africana, de 1989 a 1996 foi secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes.
Em 24 de junho o arcebispo espanhol Felix del Blanco Prieto, 66 anos, foi nomeado também núncio na Líbia. Em 5 de junho o prelado já tinha sido nomeado representante pontifício em Malta.
_ambém em 24 de junho o arcebispo da região de Marche, Renzo Fratini, 59 anos, desde 1998 núncio na Indonésia foi nomeado também primeiro núncio apostólico em Timor Leste. Este novo país asiático estabeleceu relações diplomáticas com a Santa Sé em 20 de maio do ano passado.


Diplomacia/2
Novo chefe da missão líbia junto à Santa Sé

No dia 1� de julho o novo chefe da missão da Líbia junto à Santa Sé apresentou as suas cartas credenciais. Trata-se de Abdulhafed Gaddur, 44 anos, diplomata de carreira, desde 1990 cônsul geral em Palermo.


RepÚblica Tcheca
Parlamento rejeita acordo com a
Santa Sé

No dia 21 de maio o Parlamento de Praga rejeitou, com 110 votos contrários num total de 177 deputados presentes, o acordo entre a Santa Sé e a República Tcheca assinado em julho do ano passado. Não é a primeira vez que o Vaticano tem dificuldades desse tipo com os Estados da ex-cortina de ferro. A Concordata com a Polônia, por exemplo, foi ratificada pelo Parlamento de Varsóvia apenas alguns anos depois da assinatura entre as duas partes. Também na Eslovênia, o acordo assinado com a Santa Sé no final de 2001 ainda não foi ratificado.
Vaticanistas
A "breve, intensa composição"
de Marco Politi

"Do Oriente vem/ um fragmento de luz, / como folha / que cintila /ao sol da manhã. / Não temos medo". Essa breve lírica dedicada a João Paulo II foi composta pelo vaticanista do La Repubblica, Marco Politi, que a enviou ao Papa no decorrer da audiência de 12 de junho aos jornalistas e colaboradores para festejar a 100� viagem ao exterior. A "breve, intensa composição" foi publicada pelo L’Osservatore Romano em 13 de junho.


Livros
A Santa Sé
nos organismos internacionais

No dia 30 de junho na Sala de Imprensa Vaticana foi apresentado o livro Words that matter (As palavras que contam) organizado pelo arcebispo francês André Dupuy, 63 anos, núncio apostólico na Venezuela. O texto é uma coletânea selecionada das intervenções da Santa Sé nos organismos internacionais de 1970 ao ano de 2000, precedida por um prefácio do Secretário de Estado, cardeal Angelo Sodano. Na apresentação do livro, publicado pelo Pontifício Conselho "Justiça e Paz" e pela "The Path to Peace Foundation" de Nova York, tomaram parte o arcebispo Jean-Louis Tauran, "Ministro do Exterior" do Vaticano, o arcebispo Renato Raffaele Martino, presidente do Pontifício Conselho citado, e dom André Dupuy. Devia também estar presente o arcebispo Celestino Migliore há alguns meses substituto de Martino como observador permanente junto à sede da ONU de Nova York, mas não pôde intervir, pois tinha um compromisso em Genebra, uma reunião do Conselho Econômico e Social (Ecosoc).


Bruce Springsteen
A igreja vazia e os doces sinos
da misericórdia

Bruce Springsteen fez dois shows na Itália. O operário do rock, como ele mesmo gosta de definir, apresentou-se em Florença e em Milão, respectivamente dias 8 e 28 de junho, com grande sucesso de público e de crítica. Apresentamos um trecho da música My city of ruins (A minha cidade de ruínas), que faz parte do seu último disco: "A porta da igreja está escancarada. Ouço o som do órgão, mas não há mais os fiéis... E os doces sinos da misericórdia difundem-se entre as árvores da noite". É uma surpresa que Springsteen nunca tenha participado de um concerto para o Papa.






ANIVERSÁRIOS

Os cardeais dos conclaves de 1978 são 21


Aproxima-se o XXV aniversário do chamado verão europeu dos dois conclaves. Mas hoje quantos são os membros do atual Sagrado Colégio que participaram das suas sessões eleitorais pontifícias de 1978?
Em quase um quarto de século João Paulo II celebrou oito consistórios criando 201 novo cardeais. Atualmente o Sagrado Colégio é composto por 167 membros, destes 146 receberam o barrete vermelho do Papa Wojtyla.
Portanto, os “veteranos” de 1978 são 21:
Vinte foram nomeados por Paulo VI; apenas um, o arcebispo emérito de Viena, Franz König, 98 anos, foi nomeado por João XXIII no longínquo 15 de dezembro de 1958.
São cinco os cardeais do Papa que participaram aos conclaves de 1978 e que ainda são eleitores; três destes ainda estão em atividade, quais sejam: o alemão Joseph Ratzinger, 76 anos, decano do Sagrado Colégio e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; o franciscano brasileiro Aloísio Lorscheider, 79 anos, arcebispo de Aparecida; o filipino Jaime Sin, 75 anos em 31 de agosto, arcebispo de Manila; e dois já estão aposentados: o americano William Wakefield Baum, 77 anos, penitenciário-mor emérito, e o marista asiático Pio Taofinu’u, arcebispo emérito de Samoa-Apia, que, porém completará 80 anos no dia 8 de dezembro.
Os outros 16 já completaram 80 anos e portanto não poderão participar em ulteriores conclaves. Ente estes estão os italianos Corrado Bafile, da região de Abruzzo, o mais ancião do Sagrado Colégio – completou 100 anos em 4 de julho –, ex-prefeito da Congregação para as Causas dos Santos; Corrado Ursi, da região Puglia, 95 anos, emérito de Nápoles; Salvatore Pappalardo, siciliano, 85 anos, emérito de Palermo; e Opilio Rossi, nascido em Nova York, mas pertencente ao clero de Piacenza, 93 anos, ex-presidente do Pontifício Conselho para os Leigos.
Além de König, há outros dois europeus “veteranos de 1978”, não eleitores: o holandês Johannes Willebrands, 94 anos, presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e o espanhol Marcelo González Martin, 85 anos, arcebispo emérito de Toledo.
Os “veteranos de 1978” da América Latina são os mais numerosos. Além de Lorscheider, há outros dois brasileiros: Eugênio Sales de Araújo, 83 anos, emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro, e o franciscano Paulo Evaristo Arns, 82 anos, emérito de São Paulo. Faz parte também deste grupo os argentinos Raúl Francisco Primatesta, 84 anos, emérito de Córdoba, e Juan Carlos Aramburu, 91 anos, emérito de Buenos Aires; assim como Luis Aponte Martinez, 81 anos, emérito de San Juan de Puerto Rico.
Entre os “veteranos” africanos, todos já não eleitores: o queniano Maurice Michael Otunga, 80 anos completados em janeiro, emérito de Nairobi; o senegalês Hyacinthe Thiandoum, 82 anos, emérito de Dakar; o beninense Bernardin Gantin, 81 anos, decano emérito do Sagrado Colégio e ex-prefeito da Congregação para os Bispos.
Enfim, da Ásia e da Oceania, além dos “eleitores” Sin e Taofinu’u permanece ainda o “não-eleitor” coreano Stephen Kim Sou-hwan, 81 anos, emérito de Seul.





ANGELO SODANO

A ONU tem um papel fundamental


üo dia 20 de junho a Santa Sé apresentou uma carta do cardeal Secretário de Estado, Angelo Sodano, ao Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan. Na carta, com a data de 5 de julho, o cardeal escreve: “O Papa João Paulo II, reconhecendo a importância da Organização das Nações Unidas, pediu-me que lhe exprimisse, Excelência, o apoio da Santa Sé ao papel fundamental que a Organização das Nações Unidas deve assumir nas circunstâncias do momento presente. Como Vossa Excelência sabe, os Sumos Pontífices falaram em diversas ocasiões sobre a necessidade de uma Autoridade internacional e independente, que seja capaz de servir não apenas como intermediária nos conflitos potenciais, mas também como um guia para toda a humanidade, orientando a família humana para a prática da lei na paz”.





JOSÉ SARAIVA MARTINS

Os santos são um maravilhamento


“É uma pesquisa que ajuda a entender a relação entre italianos e a religião”, disse o cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, entrevistado pelo La Repubblica em 23 de junho sobre a pesquisa apresentada pelo jornal no dia anterior. Depois de ter comentado positivamente o fato de que os dados revelam que 51% dos católicos reza todos os dias, perguntaram-lhe sobre a importância atual dos santos. Eis a resposta:ý“Os santos cristãos são um maravilhamento que nunca deixou de existir na vida da Igreja e que não pode ser ignorado até mesmo por um observador leigo atento. Os novos santos não dividem, mas unem e fazem bem ao ecumenismo. Não deve ser esquecido que uma prestigiosa figura como a judia Simone Weil, ex-presidente do Parlamento Europeu, disse que ‘o mundo precisa dos santos’”.





RENATO RAFFAELE MARTINO

Declaração sobre os transgênicos







De 23 a 25 de junho foi realizado em Sacramento, na Califórnia, uma Conferência ministerial sobre a ciência e a tecnologia agrícola, promovida pelo Ministério americano de agricultura. Falou-se, obviamente, também de Organismos geneticamente modificados (OGM). Participaram do encontro, representando a Santa Sé, o arcebispo Renato Raffaele Martino, presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz”. Publicamos alguns trechos da declaração pronunciada por Martino.
“A Santa Sé reconhece a necessidade urgente de procurar a segurança alimentar para todos, especialmente para os que sofrem na pobreza de fome e de desnutrição. A presença de uma delegação a este encontro deu à Santa Sé a oportunidade de observar, ouvir testemunhos de especialistas e tomar conhecimento de vários programas e projetos que implicam o uso dos transgênicos. Neste debate a Santa Sé não estava presente para exprimir a importância do desenvolvimento de uma nova tecnologia. A Santa Sé tem consciência da existência de plantas que produzem alimentos em abundância. Alimentar os famintos é essencial. Encontrar modalidades para alcançar este objetivo é um imperativo. Ao mesmo tempo, a Santa Sé continua a estudar o uso mais amplo dos transgênicos. [...] As informações que foram recolhidas serão muito úteis e permitirão à Santa Sé desenvolver uma clara visão sobre o uso dos transgênicos. [...] O uso dos transgênicos precisa ser discutido abertamente para que decisões informadas possam ser tomadas pelos que poderiam receber e usar este produtos. Isso colocará essas pessoas em condições de continuar no caminho de um desenvolvimento sustentável”.



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