Curtas de 30Dias
PUTIN
Para a unidade dos cristãos
Vladimir Putin durante a celebração de Natal de 2002 na catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Vladimir
ORIENTE MÉDIO
Paolo Mieli: “Basta de vítimas civis palestinas”
Primeiros socorros a um rapaz palestino gravemente ferido durante um bombardeio israelense em Gaza em 20 de outubro de 2003 quando foram mortos onze palestinos
O falecimento do postulador da causa de beatificação de João Paulo I
Uma carta do padre Pasquale Liberatore à 30Dias: “O dom mais importante de Albino Luciani era a simplicidade”
O livro sobre João Paulo I
Publicamos abaixo, integralmente, a carta que o padre Pasquale enviou setembro passado à jornalista da 30Dias, Stefania Falasca.
Cara Stefania
Hoje recebi o livro sobre o Papa João Paulo I que a senhora gentilmente me enviou. A minha curiosidade foi tão grande que interrompi o meu trabalho para logo me dedicar unicamente à sua leitura.
A agora – hoje mesmo – ao concluir a leitura, sinto necessidade de dirigir-me antes de tudo à senhora, autora da obra, não apenas para agradecê-la pelo presente recebido mas, principalmente, para parabenizá-la pelo ótimo trabalho realizado.
Na minha opinião, a melhor recompensa que o leitor recebe, ao chegar à última página, é uma demonstração convincente e documentada do dom mais importante do Papa Luciani: a simplicidade.
A senhora alcançou este objetivo, escolhendo o caminho mais eficaz, ou seja, voltando às raízes e detendo-se ali propositadamente, colhendo e evidenciando todos os detalhes.
Pode-se ver claramente que este dom específico do Papa João Paulo I é uma herança que recebeu em família: ouvir o irmão e a irmã contarem com tanta naturalidade e imediatismo a história da família comove e mostra com evidência a fonte na qual o futuro Papa Luciani sorveu o seu estilo simples e a sua fé robusta, além dos cargos que teve.
Sublinhei o texto várias vezes, interessado pelo seu conteúdo. Não são poucos os detalhes para mim inéditos (como o da esmola na pág. 45!) embora me pareça ter lido tudo o que foi publicado sobre João Paulo I.
Também o aspecto iconográfico é muito bem feito. Coloca-se ao longo da narração com abundância e com discrição ao mesmo tempo, ajudando e integrando a leitura sem disturbá-la.
Renovo as minhas mais vivas congratulações (extensivas também a Massimo Quattrucci) por este trabalho bem feito e realmente digno do XXV aniversário da eleição e morte do Papa João Paulo I: ano em que desejamos dar início ao inquérito diocesano.
Cordialmente
Roma, 20 de setembro de 2003
Sacerdote Pasquale Liberatore
Postulador da causa de beatificação
Papa
No limiar do maravilhamento
Com este título, Barbara Spinelli escreveu o editorial do jornal La Stampa de 12 de outubro dedicado aos 25 anos de pontificado do Papa Wojtyla. "O importante é viver no limiar". Segundo Barbara Spinelli, esta é a síntese do pontificado, síntese que a jornalista deduz depois da atenta leitura, entre outras coisas, da última composição poética de Wojtyla, Tríptico romano. Publicamos alguns trechos do editorial em questão. "Estamos no limiar do Livro, diz ainda o Papa, do mesmo modo em que nos detemos, passando do maravilhamento ao maravilhamento, diante dos afrescos da Capela Sistina que representam o juízo divino: Michelangelo deve ensinar ao povo. É preciso encontrar esta capacidade de se maravilhar que está na base da fé assim como da razão. [...] Estamos todos abalados e também perturbados pela imagem da sua fragilidade física [do Papa, ndr], do seu fazer-se cada vez mais fraco, taciturno, imóvel. Mas se o olharmos com a idéia de limiar, eis que o seu morrer irá se transfigurar, preludiando a uma espécie de vitória sobre a morte. Sua imagem é um dispor-se a partir do mundo, mas também disposto a se deter nos limites extremos, na dúvida entre ser ou não ser, entre o não maravilhar-se mais e o maravilhar-se que nunca se interrompe. É um invocar salvação e um contemplar. É um apressar-se e um ilimitado pacientar. Com estes movimentos aparentemente contraditórios podemos nos preparar à morte: é quase um oxímoro o seu viver, durar, sofrer e este é o seu último, cintilante, ensinamento. Talvez seja um bem não ter recebido o Nobel da Paz. Que o seu deter-se no limiar do ser seja tão solitário, privo de espetaculares reconhecimentos externos. Assemelha-nos ainda mais, nessa sua solidão. Faz-nos ver as secretas forças da impotência: Por isso me comprazo nas minhas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias sofridas por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte (Paulo, Carta aos Coríntios [2Cor 12, 10, ndrö). [...] Desde os tempos de Platão a filosofia nasce da disposição em maravilhar-se. Em não se contentar de um simples, indiferente existir e transcorrer. Em viver sempre e ainda no limiar do maravilhamento, como nos versos de João Paulo II".
Carlo Maria Martini
Madre Teresa: uma história maravilhosa acessível a todos
"Nela havia uma mistura de doçura e de força, de espiritualidade e de concretude, de humildade e de consciência da própria dignidade e missão que faziam com que ela parecesse algo que não tem suas raízes neste mundo". Palavras do cardeal Carlo Maria Martini, no jornal La Repubblica de 18 de outubro, recordando a figura de Madre Teresa. O cardeal conclui assim: "Mas tudo isso tem uma origem simples, comum. Uma história maravilhosa, mas que pode se repetir, pois parte de realidades acessíveis a todos e requer apenas uma constante fidelidade ao Espírito de Deus".
Ersilio Tonini
A oração é videre videri
"A oração é o maravilhamento infinito de encontrar-se neste mundo e descobrir que esta vida é sempre um dom. Santo Agostinho dizia que rezar é videre videri_ sentir-se constantemente olhado. Não como os escravos do Big Brother de Orwell, mas como ovelhas que o Bom Pastor vigia e defende". Palavras do cardeal Ersilio Tonini, no Avvenire de 23 de outubro.
Imprensa/1
Sementes de paz no Oriente Médio
"Este projeto é oferecido grátis ao governo. Se Sharon usá-lo juro que não o denuncio por plágio. Mas as nossas esperanças estão na opinião pública". Com essas palavras o escritor Amos Oz antecipava no jornal LUnità, de 14 de outubro, a assinatura do "Pacto de paz" que será realizada no início de novembro em Genebra, pelos expoentes da Autoridade Nacional Palestina, entre os quais o ex-ministro da Informação Yasser Abed Rabbo, e expoentes da esquerda israelense: o ex-presidente do Congresso Avraham Burg, o ex-ministro da Justiça Yossi Beilin e o ex-líder trabalhista Amram Mitzna.
Enquanto isso, no Oriente Médio, nasce uma outra iniciativa de paz: 100 mil israelenses e 60 mil palestinos assinaram um documento, denominado "A voz do Povo" promovido por Ami Ayalon, chefe do Shin Bet (serviço secreto de segurança israelense), e por Sari Nusseibeh, presidente da Universidade Al Quds, duas personalidades que tomaram parte dos acordos de Oslo assinados por israelenses e palestinos. A notícia foi dada pelo La Stampa de 3 de novembro.
Imprensa/2
Suásticas no monumento a Rabin
O jornal La Stampa de 1 de novembro noticiou a profanação do monumento dedicado ao primeiro-ministro israelense assassinado oito anos atrás. A profanação deu-se justamente às vésperas do aniversário da morte do estadista. O artigo do jornal conclui-se deste modo: "Justamente ontem, um ex-diretor dos serviços de segurança advertiu em uma entrevista ao jornal Maariv [da esquerda israelense, ndr] que em Israel o potencial para novos delitos políticos é muito grande: há milhares de militantes prontos às armas. A própria mãe de Amir, o assassino de Rabin, declarou que não vê nenhuma razão para escândalos pela profanação do monumento".
Mostras
Ambrósio e Agostinho, o encontro fatal
Este é o título de um artigo publicado nas páginas culturais do Corriere della Sera de 15 de outubro, nas quais se apresenta a mostra com o título: "Ambrósio e Agostinho. As fontes da Europa". A exposição (aberta de 7 de novembro a 2 de maio) foi organizada no Museu Diocesano e no Palazzo delle Stelline em Milão. Eis o incipit do artigo em questão: "Na noite de Páscoa de 387 d.C., em Milão, o bispo Ambrósio batizou Aurélio Agostinho, o intelectual originário de Tagaste (atual Souk Arhas, na Argélia) que viria a ser o Bispo de Hipona e que influenciaria a cultura européia com o seu pensamento, como de resto a obra de Ambrósio marcaria as relações Igreja-poder político caracterizadas pela recíproca autonomia".
Igreja Caldéia
Em Roma a eleição do novo patriarca
Em 29 de outubro, a Sala de Imprensa vaticana anunciou que o Papa convocou o Sínodo do Bispos da Igreja Caldéia para se realizar em Roma nos dias 2 e 3 de dezembro próximo, no qual elegerão o novo patriarca da Babilônia, substituindo Raphaël Bidawid, falecido em 7 de julho passado. O Sínodo que conta com aproximadamente vinte bispos tinha se reunido em Bagdá de 20 de agosto a 2 de setembro passado, mas sem que nenhum candidato tivesse alcançado os dois terços dos votos necessários para a eleição. A intervenção de Roma na eleição de um patriarca católico oriental originou-se em virtude do segundo parágrafo do cânon 72 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais, que diz: "Se a eleição não chegar a termo no prazo de 15 dias a partir da abertura do Sínodo dos Bispos da Igreja patriarcal, a resolução cabe ao Romano Pontífice".
Nomeações/1
Moretti vice-gerente, Parmeggiani prelado secretário
No dia 17 de outubro o bispo Luigi Moretti, 54 anos, foi nomeado vice-gerente da diocese de Roma no lugar de Cesare Nosiglia, nomeado em outubro bispo de Vicenza. Moretti, sacerdote desde 1974, começou a trabalhar em 1983 no Vicariato de Roma, do qual em 1993, tornou-se prelado secretário. Em 1998 foi nomeado também bispo auxiliar para o centro histórico.
No mesmo dia, dom Mauro Parmeggiani, 42 anos, foi nomeado novo prelado secretário. Sacerdote desde 1985, de 1986 até hoje foi secretário particular do cardeal Camillo Ruini, então bispo auxiliar de Reggio Emilia-Guastalla, depois secretário-geral da CEI e finalmente vigário geral de Roma e presidente da CEI.
O novo secretário do cardeal Ruini será o padre Nicola Filippi, sacerdote romano de 35 anos, vigário há oito anos e meio da paróquia de Santa Clara no bairro Vigna Clara de Roma.
Nomeações/2
Piacenza novo "Ministro dos Bens Culturais" do Vaticano
No dia 13 de outubro, Mauro Piacenza, 59 anos, foi nomeado presidente da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja. O novo "ministro dos Bens Culturais" da Santa Sé, ordenado sacerdote em 1969, nomeado cônego da catedral de Gênova pelo cardeal_Giuseppe Siri em 1986, desde 1990 prestava sua missão na Congregação para o Clero, na qual fora nomeado chefe de setor em 1997 e subsecretário em 2000. A consagração episcopal do padre Mauro Piacenza está prevista para o dia 15 de novembro na catedral de São Lorenzo em Gênova.
Nomeações/3
Bispo do Opus Dei no Chile
No dia 10 de outubro Juan Ignacio González Errázuriz, sacerdote da prelazia do Opus Dei, 47 anos, foi nomeado bispo de San Bernardo, no Chile. Nascido em Santiago e ordenado sacerdote em 1993, González Errázuriz é o terceiro bispo do Opus Dei no Chile. Na América Latina os bispos da prelazia fundada por São Josémaria Escrivá de Balaguer são quinze, concentrados principalmente no Peru.
Diplomacia
Convenção de Segurança Social entre Santa Sé e Itália
No dia 15 de outubro no Ministério das Relações Exteriores da Itália foi efetivada a troca dos instrumentos de ratificação do Convenção de Segurança Social entre a Itália e a Santa Sé que tinha sido assinado no Vaticano em 16 de junho de 2000.
No limiar do maravilhamento
Com este título, Barbara Spinelli escreveu o editorial do jornal La Stampa de 12 de outubro dedicado aos 25 anos de pontificado do Papa Wojtyla. "O importante é viver no limiar". Segundo Barbara Spinelli, esta é a síntese do pontificado, síntese que a jornalista deduz depois da atenta leitura, entre outras coisas, da última composição poética de Wojtyla, Tríptico romano. Publicamos alguns trechos do editorial em questão. "Estamos no limiar do Livro, diz ainda o Papa, do mesmo modo em que nos detemos, passando do maravilhamento ao maravilhamento, diante dos afrescos da Capela Sistina que representam o juízo divino: Michelangelo deve ensinar ao povo. É preciso encontrar esta capacidade de se maravilhar que está na base da fé assim como da razão. [...] Estamos todos abalados e também perturbados pela imagem da sua fragilidade física [do Papa, ndr], do seu fazer-se cada vez mais fraco, taciturno, imóvel. Mas se o olharmos com a idéia de limiar, eis que o seu morrer irá se transfigurar, preludiando a uma espécie de vitória sobre a morte. Sua imagem é um dispor-se a partir do mundo, mas também disposto a se deter nos limites extremos, na dúvida entre ser ou não ser, entre o não maravilhar-se mais e o maravilhar-se que nunca se interrompe. É um invocar salvação e um contemplar. É um apressar-se e um ilimitado pacientar. Com estes movimentos aparentemente contraditórios podemos nos preparar à morte: é quase um oxímoro o seu viver, durar, sofrer e este é o seu último, cintilante, ensinamento. Talvez seja um bem não ter recebido o Nobel da Paz. Que o seu deter-se no limiar do ser seja tão solitário, privo de espetaculares reconhecimentos externos. Assemelha-nos ainda mais, nessa sua solidão. Faz-nos ver as secretas forças da impotência: Por isso me comprazo nas minhas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias sofridas por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte (Paulo, Carta aos Coríntios [2Cor 12, 10, ndrö). [...] Desde os tempos de Platão a filosofia nasce da disposição em maravilhar-se. Em não se contentar de um simples, indiferente existir e transcorrer. Em viver sempre e ainda no limiar do maravilhamento, como nos versos de João Paulo II".
Carlo Maria Martini
Madre Teresa: uma história maravilhosa acessível a todos
"Nela havia uma mistura de doçura e de força, de espiritualidade e de concretude, de humildade e de consciência da própria dignidade e missão que faziam com que ela parecesse algo que não tem suas raízes neste mundo". Palavras do cardeal Carlo Maria Martini, no jornal La Repubblica de 18 de outubro, recordando a figura de Madre Teresa. O cardeal conclui assim: "Mas tudo isso tem uma origem simples, comum. Uma história maravilhosa, mas que pode se repetir, pois parte de realidades acessíveis a todos e requer apenas uma constante fidelidade ao Espírito de Deus".
Ersilio Tonini
A oração é videre videri
"A oração é o maravilhamento infinito de encontrar-se neste mundo e descobrir que esta vida é sempre um dom. Santo Agostinho dizia que rezar é videre videri_ sentir-se constantemente olhado. Não como os escravos do Big Brother de Orwell, mas como ovelhas que o Bom Pastor vigia e defende". Palavras do cardeal Ersilio Tonini, no Avvenire de 23 de outubro.
Imprensa/1
Sementes de paz no Oriente Médio
"Este projeto é oferecido grátis ao governo. Se Sharon usá-lo juro que não o denuncio por plágio. Mas as nossas esperanças estão na opinião pública". Com essas palavras o escritor Amos Oz antecipava no jornal LUnità, de 14 de outubro, a assinatura do "Pacto de paz" que será realizada no início de novembro em Genebra, pelos expoentes da Autoridade Nacional Palestina, entre os quais o ex-ministro da Informação Yasser Abed Rabbo, e expoentes da esquerda israelense: o ex-presidente do Congresso Avraham Burg, o ex-ministro da Justiça Yossi Beilin e o ex-líder trabalhista Amram Mitzna.
Enquanto isso, no Oriente Médio, nasce uma outra iniciativa de paz: 100 mil israelenses e 60 mil palestinos assinaram um documento, denominado "A voz do Povo" promovido por Ami Ayalon, chefe do Shin Bet (serviço secreto de segurança israelense), e por Sari Nusseibeh, presidente da Universidade Al Quds, duas personalidades que tomaram parte dos acordos de Oslo assinados por israelenses e palestinos. A notícia foi dada pelo La Stampa de 3 de novembro.
Imprensa/2
Suásticas no monumento a Rabin
O jornal La Stampa de 1 de novembro noticiou a profanação do monumento dedicado ao primeiro-ministro israelense assassinado oito anos atrás. A profanação deu-se justamente às vésperas do aniversário da morte do estadista. O artigo do jornal conclui-se deste modo: "Justamente ontem, um ex-diretor dos serviços de segurança advertiu em uma entrevista ao jornal Maariv [da esquerda israelense, ndr] que em Israel o potencial para novos delitos políticos é muito grande: há milhares de militantes prontos às armas. A própria mãe de Amir, o assassino de Rabin, declarou que não vê nenhuma razão para escândalos pela profanação do monumento".
Mostras
Ambrósio e Agostinho, o encontro fatal
Este é o título de um artigo publicado nas páginas culturais do Corriere della Sera de 15 de outubro, nas quais se apresenta a mostra com o título: "Ambrósio e Agostinho. As fontes da Europa". A exposição (aberta de 7 de novembro a 2 de maio) foi organizada no Museu Diocesano e no Palazzo delle Stelline em Milão. Eis o incipit do artigo em questão: "Na noite de Páscoa de 387 d.C., em Milão, o bispo Ambrósio batizou Aurélio Agostinho, o intelectual originário de Tagaste (atual Souk Arhas, na Argélia) que viria a ser o Bispo de Hipona e que influenciaria a cultura européia com o seu pensamento, como de resto a obra de Ambrósio marcaria as relações Igreja-poder político caracterizadas pela recíproca autonomia".
Igreja Caldéia
Em Roma a eleição do novo patriarca
Em 29 de outubro, a Sala de Imprensa vaticana anunciou que o Papa convocou o Sínodo do Bispos da Igreja Caldéia para se realizar em Roma nos dias 2 e 3 de dezembro próximo, no qual elegerão o novo patriarca da Babilônia, substituindo Raphaël Bidawid, falecido em 7 de julho passado. O Sínodo que conta com aproximadamente vinte bispos tinha se reunido em Bagdá de 20 de agosto a 2 de setembro passado, mas sem que nenhum candidato tivesse alcançado os dois terços dos votos necessários para a eleição. A intervenção de Roma na eleição de um patriarca católico oriental originou-se em virtude do segundo parágrafo do cânon 72 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais, que diz: "Se a eleição não chegar a termo no prazo de 15 dias a partir da abertura do Sínodo dos Bispos da Igreja patriarcal, a resolução cabe ao Romano Pontífice".
Nomeações/1
Moretti vice-gerente, Parmeggiani prelado secretário
No dia 17 de outubro o bispo Luigi Moretti, 54 anos, foi nomeado vice-gerente da diocese de Roma no lugar de Cesare Nosiglia, nomeado em outubro bispo de Vicenza. Moretti, sacerdote desde 1974, começou a trabalhar em 1983 no Vicariato de Roma, do qual em 1993, tornou-se prelado secretário. Em 1998 foi nomeado também bispo auxiliar para o centro histórico.
No mesmo dia, dom Mauro Parmeggiani, 42 anos, foi nomeado novo prelado secretário. Sacerdote desde 1985, de 1986 até hoje foi secretário particular do cardeal Camillo Ruini, então bispo auxiliar de Reggio Emilia-Guastalla, depois secretário-geral da CEI e finalmente vigário geral de Roma e presidente da CEI.
O novo secretário do cardeal Ruini será o padre Nicola Filippi, sacerdote romano de 35 anos, vigário há oito anos e meio da paróquia de Santa Clara no bairro Vigna Clara de Roma.
Nomeações/2
Piacenza novo "Ministro dos Bens Culturais" do Vaticano
No dia 13 de outubro, Mauro Piacenza, 59 anos, foi nomeado presidente da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja. O novo "ministro dos Bens Culturais" da Santa Sé, ordenado sacerdote em 1969, nomeado cônego da catedral de Gênova pelo cardeal_Giuseppe Siri em 1986, desde 1990 prestava sua missão na Congregação para o Clero, na qual fora nomeado chefe de setor em 1997 e subsecretário em 2000. A consagração episcopal do padre Mauro Piacenza está prevista para o dia 15 de novembro na catedral de São Lorenzo em Gênova.
Nomeações/3
Bispo do Opus Dei no Chile
No dia 10 de outubro Juan Ignacio González Errázuriz, sacerdote da prelazia do Opus Dei, 47 anos, foi nomeado bispo de San Bernardo, no Chile. Nascido em Santiago e ordenado sacerdote em 1993, González Errázuriz é o terceiro bispo do Opus Dei no Chile. Na América Latina os bispos da prelazia fundada por São Josémaria Escrivá de Balaguer são quinze, concentrados principalmente no Peru.
Diplomacia
Convenção de Segurança Social entre Santa Sé e Itália
No dia 15 de outubro no Ministério das Relações Exteriores da Itália foi efetivada a troca dos instrumentos de ratificação do Convenção de Segurança Social entre a Itália e a Santa Sé que tinha sido assinado no Vaticano em 16 de junho de 2000.